terça-feira, 10 de setembro de 2013

Diário de uma Viagem. O segundo dia em Paris.

Dois pacotes junto a EuropaMundo marcariam o nosso segundo dia em Paris. O primeiro seria um passeio no Bateaux Mouche, pelo rio Sena e mais uma caminhada pelo Quartier Latin com uma visita à catedral de Notre Dame, com um guia local e o segundo, uma visita ao Louvre, também com guia local e, evidentemente, uma pessoa formada em artes. Tanto o nosso guia pelo Quartier Latin e Notre Dame, quanto a guia do Louvre deram um verdadeiro show. O guia da caminhada caprichou no humor. Tudo foi maravilhoso e os preços não foram tão caros. Cada um dos passeios custou quarenta euros. Como a cidade ficou intransitável, ao final da tarde, por causa da chegada do Tour de France, a volta ao hotel ficou por nossa conta.
Passeio absolutamente imperdível em Paris pelo rio Sena no Bateaux  Mouche.

Para quem for a Paris pela primeira vez, este passeio pelo Sena é um muito bom começo. Paris foi construída às margens do rio Sena. Nada lhe escapa. Do rio você tem uma noção de tudo e isto é excelente, pois, te ajuda a dar norte nos próximos dias. O passeio dura aproximadamente uma hora e meia. É bom comprar os ingressos antecipadamente, pois as filas, além de incômodas, são grandes. Este passeio também pode ser feito a noite. A iluminação da cidade é um show a parte. Também pode ser feito com um jantar a bordo.Creio que isto divide atenções, além de ser caro.

Um prospecto do passeio é distribuído pela empresa em que se promete a vista de treze atrações, começando por uma, que na realidade não é uma atração, por ser o local da atracação dos barcos. Depois você terá, a praça da Concórdia, a praça da guilhotina, onde hoje está um obelisco, o museu do Louvre, o Hôtel de Ville, a Câmara Municipal da cidade, o Conciergerie, provavelmente o primeiro palácio real de Paris e depois prisão de reis. Tem-se a visão da Ilha da cidade, onde tudo começou e onde está construída a Catedral de Notre Dame. Tem também uma segunda ilha e bem menor, que é a ilha de São Luís. E o passeio continua, o museu D'Orsai, uma antiga estação de trens, o Hôtel dos Inválidos, com sua cúpula dourada e onde está enterrado Napoleão Bonaparte e ainda, a maior de todas as atrações, que é a Torre Eiffel. O Sena é também cheio de pontes, muitas delas, verdadeiras obras de arte. As velhas são preservadas e novas, são constantemente construídas. Algumas destas pontes estão cheias de cadeados, com amarrações de amor.
As amarrações de amor com os cadeados nas pontes do rio Sena.

O passeio a pé pelo Quartier Latin foi memorável. O bairro se construiu em torno da universidade de Sorbonne, fundada em 1257 por Robert Sorbon, o confessor do rei Luís IX. O bairro leva o nome de Quartier Latin em virtude do latim, a língua dos estudantes. A universidade tem toda uma história. Foi fundada para que estudantes pobres também pudessem estudar teologia. Por ter sido uma referência nos estudos teológicos, chegou a ser fechada com a chegada das ideias liberais. É a sede da universidade de Paris. As casas e as ruas do Quartier Latin remontam aos tempos medievais. Originariamente as casas são de madeira, tendo sido recobertas por alvenaria, posteriormente. É um dos metros quadrados mais caros de Paris, com um custo em torno de quinze mil euros por metro quadrado.. Ao comprá-lo, você ainda tem que assinar um contrato de risco, pois o desmoronamento sempre é possível.
A igreja de São Severino, no Quartier Latin, o bairro da Sorbonne, da Universidade de Paris.

O guia com o seu refinado humor nos contava detalhes do bairro e da cidade. Sobre o risco nos prédios contou sua própria experiência. No condomínio onde mora tiveram que fazer uma chamada de capital de trinta e cinco mil euros, cada um, para re-alavancar as fundações. Os apartamentos em Paris tem na média trinta e oito metros quadrados e as famílias se compõe de 3,5 filhos. Como as famílias não estão sendo bem sucedidas com os filhos, muito tempo de estudo,dificuldades de colocação no mercado, incompreensão e rebeldia, as famílias adotam cachorros, mais dóceis e mais reconhecidos.
A catedral de Notre Dame. A famosa catedral gótica de Paris.

Nos contou dos transportes e da formação da nova consciência urbana. A ruas pertencem aos pedestres e ao transporte público e não aos automóveis. O uso da bicicleta está começando. Representa 5% do transporte da cidade. Existem os bicicletários públicos, com mais de cinco mil bicicletas, em locais estratégicos. Você paga um taxa anual, algo em torno de quarenta euros, e pode usá-las. O tempo de uso é de quarenta e cinco minutos, se for mais, caracterizará apropriação indébita. Você poderá ir de um lugar para outro, poderá até andar pelo dia todo, mas tem que ir trocando a bicicleta. Há muitos acidentes com bicicletas e uma morte diária e, nunca acontece de morrer a mesma pessoa, brincava o guia. O Quartier Latin é também um bairro boêmio, o que é óbvio, uma vez que se trata de um bairro de estudantes.

A caminhada terminou na Catedral de Notre Dame. Catedral deriva de cátedra, a cadeira do bispo. Desta palavra também deriva a outra: catedrático. Não vou aqui entrar em detalhes desta catedral, uma tarefa enciclopédica. É igreja do mais puro estilo gótico. Imagens e mais imagens. Mas, creio que o seu ponto alto são os seus vitrais, com um significado de luzes e cores impressionante. A tecnologia da fabricação destes vitrais foi perdida. Isto significa que, quando um vidro quebra, ele não pode ser substituído por um da mesma qualidade. Damos uma volta em seu interior, boquiabertos. Uma de suas relíquias mais preciosas é a coroa de espinhos de Jesus Cristo. O número de pessoas também dá fobia.
Uma das maiores riquezas da catedral de Notre Dame, seguramente são os seus vitrais.

Junto a catedral de Notrre Dame conhecemos também uma figura típica dos locais de grande concentração em Paris. Moças coletam assinaturas em diferentes abaixo-assinados. Nem queira saber do que se trata. Com a coleta de assinaturas elas distraem os turistas com o objetivo de praticar furtos. São as famosas carteiristas. Elas estão por toda parte. Até no Louvre, a guia não se conformou e falou indignada: "Mas até por aqui estão estas romenas". Na torre Eiffel a polícia, sem a menor cerimônia e também sem nenhuma resistência,  prendeu várias delas. Atuam sempre em grupos.

A tarde ainda seria longa. Almoçamos já nas proximidades do Louvre, nos restaurantes do mundo e nos preparamos para a visita. A guia foi fantástica e fez uma seleção de arte grega, do renascimento e do romantismo. Mostrou a evolução da escultura grega, mostrando expressões de rosto, geometria e proporção, até chegar a incorporação do movimento nas figuras humanas representadas. Coisa de  guia profissional. Mostrou ainda os aposentos reais, um luxo só. O Louvre voltou a ser palácio real, usado especialmente por napoleão III. O museu recebeu grandes reformas sob o governo François Miterrand, que reformulou completamente a sua entrada, com a famosa pirâmide invertida, em vidro. É o maior museu do mundo com cerca de nove quilômetros de galeria. A Monalisa recebe uma tal concentração de gente, que lembra até uma massa em pânico. Um conselho para os visitantes iniciantes. Vá com guia, ou no mínimo com muito preparo e guias de mapas.
Pode não ser uma boa foto, mas é uma foto da Monalisa, no Louvre.

Ao final da visita ficamos retidos nos arredores do Louvre. A cidade parou em função da chegada a Paris do Tour de France, uma corrida de bicicletas que envolve toda a Europa, mas que move, particularmente, a França. O desfile dos patrocinadores e a chegada dos participantes se daria pela famosa rua de Rívoli, em direção à Champs Elysées e  ao Arco do Triunfo. Depois do desfile dos patrocinadores houve um intervalo até a chegada dos atletas e isto nos permitiu atravessar a rua e encontrar um táxi, que nos levou para o merecido descanso no hotel. Amanhã, passeio a pé por Paris.

7 comentários:

  1. Gostei muito do Blog. Parabéns! Pode passar o contato do guia que vc usou? foi empresas? Valeu

    ResponderExcluir
  2. Oi Poliana. Eu fui por agência. A EuropaMundo. O agente deles no Brasil é a CVC. O meu contato na CVC é a Maria, na loja próxima da Boca Maldita, aqui de Curitiba. Também me preparei bastante. Se precisar mais informações, estou a disposição. Agradeço o seu elogio. Abraço.

    ResponderExcluir
  3. Quantos dias ficou? So foi a Paris ? Indica a europa mundo? Muito obrigada

    ResponderExcluir
  4. Muito obrigado Sandra. Fiz o Giro Ibérico que é uma viagem fantástica. Jamais imaginei que a Espanha fosse tão bonita. Depois disso fiz a emenda para Paris. Mais quatro noites e três dias. Foi tudo pela EuropaMundo. Os hotéis são muito bons, inclusive com 5 estrelas, as vezes. Em Paris o hotel não foi tão bom. Estes hotéis modernos! Os roteiros são criteriosamente preparados e a pontualidade chega a ser uma obsessão. Recomendo demais. O roteiro foi de 20 e poucos dias.

    ResponderExcluir
  5. Estou me preparando para fzer o giro Ibérico, já viajei pela europamundo e gostei , mas já li alguns comentários desfavoraveis, gostaria de saber, a sua impressaõ sobre a viagem a Portugal e Espanha , Fizeste o Marrocos tambem? obrigada

    ResponderExcluir
  6. O Pacote da EuropaMundo que eu fiz se chama Giro Ibérico. Paris foi um acréscimo que pedimos para a agência daqui. Não fizemos o Marrocos, mas as agências daqui providenciam isso com facilidade. Eu já fui duas vezes para a Europa pela EuropaMundo e se for de novo, também será por ela. Recomendo demais.Meus agradecimentos e um abraço.

    ResponderExcluir

Obrigado pelo comentário. Depois de moderado ele será liberado.