terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

American Hustle. Trapaça. O Filme de David Russell.

O título em inglês American Hustle, vai aí de propósito. É mais um desses filmes em que os americanos, ou os estado-unidenses, fazem humor e comédia de seu estilo ou de sua filosofia de vida, de que necessariamente devem enriquecer, e enriquecer de forma fácil. Os aspectos da legalidade ou ilegalidade dos meios, fica em segundo plano. Creio que o humor, a ironia, o trabalho com os personagens, são as maiores virtudes com os quais o filme se apresenta ao público.
A beleza e a sensualidade de Amy Adams é impressionante. São os componentes de sua atuação.

Não é uma grande história. O cenário do filme é uma investigação do FBI, dos anos 1970/80, batizada de ABSCAM, que flagrou alguns políticos envolvidos em corrupção. Nenhum peixe grande foi pego, só bagrinhos. O personagem do filme é Irving Rosenfeld (Christian Bale), que não satisfeito com as lavanderias herdadas, se lança em aventuras mais picantes e mais rendosas. Irving, embora casado, envolve em suas aventuras a bela e sensual Sydney Prosser (Amy Adams), que prontamente topa as paradas. A esposa de Irving, Rosalyn (Jennifer Lawrance) passa a ser o grande problema. Calar a sua boca, pois é de fala fácil, de fácil entrega das situações é que passa a ser a grande tarefa de Irving e Sydney, o casal de trapaceiros.

As trapaças do casal são descobertas pelo ambicioso agente do FBI, Richie DiMaso (Bradley Cooper), que os acompanha de perto. O casal, para atenuar situações se envolve com o agente, que ansiosamente, busca incluir em seu currículo, a prisão de políticos corruptos, vinculando-os com as ações da máfia. As suas intenções iam até bem, até que Rosalyn entregou toda a história a um mafioso, com quem se envolvera. Essa é a trama do filme, do qual vi vários expectadores, em seus comentários, se queixaram.
Atuações perfeitas de Richie DiMaso, o agente do FBI e de Irving Rosenfeld, o trapaceiro.

O filme não recebeu muitas críticas. A mais favorável é a que está relacionada ao humor, aos diálogos inteligentes e às piadas feitas, que, embora americanas, são inteligentes. O Estadão em sua crítica cita gregos e romanos e o seu trato com o humor. Cita Horácio que dizia que o riso corrige os costumes. Além de corrigir os costumes libera também o riso. Processo de catarse. Rir sempre faz bem. O filme provoca o riso, mas não risadas e, muito menos, gargalhadas. Humor fino, leve.

O diretor caprichou na formação do elenco. Até Robert de Niro aparece como um mafioso, numa pontinha do filme. As atuações mais impressionantes são as do trio, ou do quarteto que protagoniza a trama. O casal trapaceiro, Irving e Sydney, a sua mulher Rosalyn, em sua ingenuidade e comodismo e o agente do FBI, Richie DiMaso, que usa o casal para incrementar a sua carreira. Não é por acaso que todo o quarteto está indicado para o OSCAR. Christian Bale e Amy Adams, como melhor ator e melhor atriz e Bradley Cooper e Jennifer Lawrance, que receberam as indicações para melhor ator e atriz coadjuvante.


O cartaz do filme. O destaque para atores e atrizes. Só aí são quatro indicações.

Juntamente com Gravidade, Trapaça recebeu o maior número de indicações para a estatueta famosa. Concorre na condição de:
-melhor filme;
-melhor ator;
-melhor atriz;
-melhor ator coadjuvante;
-melhor atriz coadjuvante;
-melhor diretor - David Russell;
-melhor roteiro original - Eric Warren e David Russell;
-melhor figurino;
-melhor edição;
-melhor desenho de produção.

A minha preferência, embora eu tenha gostado bastante desse, ainda vai para O Lobo de Wall Street.  O outro que eu assisti e, em nada gostei, foi Gravidade, embora todas as indicações recebidas.

2 comentários:

  1. Recentemente, vi American Hustle que tinha me dado muito boas referências dele e agora eu vejo por que razão, é tão pena é muito interessante.

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  2. Uma bela comédia. Um belo filme. Agradeço o comentário.

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