segunda-feira, 30 de junho de 2014

Circuito mineiro. 3. Outras atrações turísticas. São João Del Rei.

No post anterior eu falei das muitas igrejas de São João Del Rei. Com isso eu quero dizer que o turismo em São João Del Rei está quase todo ele relacionado com a religião e a religiosidade de seu povo. Também já falamos um pouco do histórico da cidade, bem como de suas riquezas. Hoje eu vou falar de outras atrações, mas muitas delas ainda continuam no campo da religião. São muito famosos os Passos da Paixão. Eles são oratórios, semelhantes aos pórticos das igrejas coloniais, entre as fachadas dos casarios. Só abrem na quaresma e na semana santa. Ali são feitas procissões e vias sacras, com muitos cantos e muitas orações. São cinco os Passos da Paixão: O da rua da Prata, o do Largo do Rosário, o do Largo da Cruz, o da Rua Direita e o do Largo da Câmara.
 Um dos Passos da Paixão. São famosas as procissões e vias sacras ali realizadas durante o período da quaresma.

Ainda no campo religioso existe o Museu de Arte Sacra, o Memorial Cardeal Dom Lucas Moreira Neves, filho ilustre da cidade, mas enterrado em Salvador, o cemitério Nossa Senhora do Carmo, com o seu célebre portão de ferro fundido, que data de 1836. Existe ainda o Cruzeiro das Mercês, onde são celebradas grandiosas missas campais. Existe ainda uma estátua do Cristo Redentor.
D. Lucas Moreira Neves. Um filho ilustre da terra, da família dos Neves. Chegou a Cardeal.

Certamente a família Neves é a família mais famosa do lugar. Tancredo Neves é o personagem mais ilustre, da sua história recente. O mais famoso mesmo é Tiradentes, mas com este ninguém compete. Se tivéssemos um Panteon Nacional, Tiradentes seria o seu personagem número um. Tancredo tem sepultura, junto com Risoleta, no cemitério da igreja de São Francisco de Assis, tem o Solar da família Neves, nas proximidades da igreja de Nossa Senhora do Rosário e tem o Memorial Tancredo Neves. Como tenho admiração pela sua história vou dedicar um post a Tancredo e a este memorial. Do seu sobrinho eu não quero falar. Não aprecio os políticos neoliberais.
Sentado com Tancredo Neves, em frente ao memorial a ele dedicado.

Entre o casario se destaca o Solar da Baronesa de Itaverava, o maior da cidade, que hoje abriga o Centro Cultural da Universidade Federal de São João Del Rei. Esta mesma universidade também tem um campus junto à igreja de São Francisco de Assis. Ali, bem pertinho, também está a casa de Bárbara Eliodora. Meu Deus do céu, eu fiz uma confusão com esta mulher, que eu tenho até vergonha de dizer com quem a confundi. Para que esta confusão não se repita eu dou alguma referência desta grande mulher. Ela nasceu em 1759, foi poetisa, participou ativamente da Inconfidência mineira e foi casada com José de Alvarenga Peixoto, o ouvidor da Comarca do rio das Mortes e deportado para a África, pela Coroa portuguesa. A casa mais antiga da cidade também é atração. Ali funciona hoje o Instituto Histórico e Geográfico. Como é bom isso. Órgãos governamentais fazendo a preservação histórica e da memória.
O Solar da Baronesa de Itaverava, o maior de todos em São João Del Rei.

O Teatro Municipal de São João Del Rei data de 1893. Foi totalmente reformado e reinaugurado em 2003 e mantém ativa programação voltada ao próprio teatro, como também para a música. É considerado um dos mais belos teatros do interior do Brasil.  Outra atração é a estação ferroviária e o seu museu, ao lado. A ferrovia foi inaugurada em 1881, contando com a presença do imperador, D. Pedro II. O museu preserva a memória ferroviária. O trem ainda funciona, de sexta feira a domingo, com finalidades exclusivamente turísticas, fazendo passeios entre São João Del Rei e a vizinha Tiradentes. O museu abre diariamente.
O Teatro Municipal da Cidade. Está voltado ao teatro e a música.

Como já falei em outro post, a cidade é dividida pelo Córrego Lenheiros, afluente do rio das Mortes. O córrego é canalizado e divide a cidade ao meio. Ele tem duas pontes famosas, a Ponte do Rosário e a Ponte da cadeia. Ao seu longo também existe um coreto. outra atração é também o Museu Regional de São João Del Rei, sobre o qual também falarei mais. Ele abre diariamente.
A cachaça Alferes de São João Del Rei e a Jacuba e a Século XVIII de Coronel Xavier Chaves.

Também o mercado municipal merece uma visita. Ele está bem localizado, nos fundos e bem próximo à igreja de Nossa Senhora do Carmo. Não tem muitos produtos regionais, o que eu gosto de ver muito, mas tem as cachaças produzidas, ou na cidade ou nas cidades próximas. São João Del Rei produz a cachaça Alferes e o município vizinho de Coronel Xavier Chaves produz a cachaça Jacuba, bem como uma das mais famosas do Brasil, que é a Século XVIII. Esta é produzida no Engenho Boa Vista, onde também é produzida a cachaça Santo Grau. Também vale muito a pena visitar as lojas que comercializam produtos em estanho, a grande riqueza mineral que sobrou para a cidade.


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