terça-feira, 2 de setembro de 2014

Bonito - MS. Roteiro de uma viagem. O primeiro dia.

O meu filho Alexis trabalha no COMPERJ, na nova refinaria da Petrobras, que está em construção na cidade de Itaboraí, no Rio de Janeiro e ganharia uma semana de férias.  Juntamos os nossos tempos livres e planejamos uma viagem. Como eu tenho um grande amigo morando em Dourados, o Giovani, a quem há muito eu desejava fazer uma visita, olhamos para as adjacências desta cidade e encontramos, a uns 300quilômetros de distância, a cidade turística de Bonito, uma cidade que, como pudemos constatar, realmente faz jus ao nome.
Meu filho Alexis. Na foto, no jogo da copa entre  Equador e Honduras. Agora parceiro nesta viagem.

Quando fui ao aeroporto, por coincidência, o Aeroporto jornal tinha como matéria de capa, a cidade de Bonito. Já me animei mais, mas foi apenas uma coincidência. Meu filho providenciou as reservas no hotel, que em tempos de baixa temporada, tem preços bastante razoáveis. Escolheu o hotel Wetiga (pronuncia-se uetirrá), que inclusive era citado na reportagem do jornal. Junto com as diárias do hotel constavam também dois passeios. Sobre o hotel e os passeios eu falarei em outros posts.

Saímos de Curitiba bem cedo e fomos tomar o café da manhã em Ponta Grossa, junto com o meu irmão que é irmão leigo da ordem religiosa do Verbo Divino. Não nos demoramos. A próxima parada era para ter sido em Maringá. Eu estava com saudades do meu velho e grande amigo, o professor Elson, mas em ligação na véspera, ele me contou que estava de partida para tomar uma bênção especial junto ao velho Fidel. Elson estava viajando para Cuba. Que maravilha. Para não demorar na viagem, nem sequer fizemos uma parada em Umuarama, que necessariamente seria mais demorada. Fomos direto para Dourados, cruzando as pontes do rio Paraná, no Porto Camargo.
Nós em Dourados. Com Jayne e Giovani, brindando e celebrando uma longa e duradoura amizade.

Em Dourados fomos recepcionados pela Jayne e pelo Giovani. O meu amigo estava muito emocionado e me confidenciou que já tinha tomado todas. Fui conferir na geladeira e constatei que era verdade. Sorte que, estrategicamente, o Giovani foi morar perto de uma distribuidora de bebidas. No jantar fomos agraciados com um tambaqui a pantanal, numa "celebração de uma longa amizade", conforme palavras do Giovani. O peixe a pantanal, aquele enrolado em folha de bananeira eu prometo ensinar como se faz. Tenho fotos da sequência de seu preparo. Nos recolhemos apenas depois que a grade de cerveja acabou. Sim, eu ia esquecendo. De entrada foi servida uma linguiça de Maracaju, típica do MS, inclusive, com direito a festa nacional.
Tambaqui a Pantanal. Giovani é um artista, no preparo de uma comida, no toque da gaita, do violão e da viola. Mas a sua grande especialidade está na arte de viver.

No domingo comemos uma costela, tão boa como aquelas que a gente comia no CTG de Umuarama, preparada pelo saudoso Tião. E por falar no saudoso Tião, passamos aquele tempo e aquelas pessoas em revista. Recordar é viver! Giovani é músico e vários artistas nativos participaram do nosso almoço. A única coisa desagradável do dia foi a derrota do Grêmio, agora sob o comando do Felipão, para aquele outro time lá do RS. Mas não foi por 7 x 1. A noite ainda reunimos forças para uma tábua de frios e curtir MPB, num misto de bar e restaurante. Mesas ao ar livre, um costume pouco praticado em Curitiba, por razões óbvias.
Águas límpidas e peixes são a grande atração de Bonito. Os peixes também estão presentes na praça principal da cidade. O peixe mais abundante é a piraputanga.

Cedo partimos para Bonito. Chegamos por volta do meio dia, a tempo de comer peixe. Peixe é o que mais existe nesta cidade. Depois nos acomodamos no hotel, um hotel que ostenta um pomposo título - hotel de natureza. Já a caminho, ficamos sabendo que o ilustre morador de Umuarama, o sr. João Izumi era o proprietário deste hotel. Eu pouco convivi com ele, pois, ele ainda morava em Goioerê na época. Mas os meus filhos e os dele foram criados juntos e são muito amigos. Quando ficaram sabendo que nós estávamos hospedados no hotel, fomos brindados com uma gentileza, numa bela surpresa. Chegou ao nosso apartamento um bom vinho chileno. No próximo post eu falarei um pouco do hotel.
O belo hotel Wetiga (Uetirrá) onde nos hospedamos. O hotel carrega consigo todo um conceito.

Fizemos a primeira incursão pela cidade, a pé. Ela é pequena e vive totalmente voltada ao turismo. A sua população gira em torno de 20.000 habitantes. A sua rua principal é tomada por restaurantes e pequenas lojas de artesanato, além das muitas agências de turismo. O artesanato é bonito e bastante variado. Destacam-se a cerâmica indígena, as aves, os peixes e as feras que ainda são encontradas na região. Os preços na cidade, me refiro em especial aos preços cobrados nos restaurantes, estão absolutamente condizentes com a realidade, isto é, não são absurdamente caros. Caros são os passeios, mas sobre eles também falarei no próximo post.
O local das nossas jantas. Taboa bar. Nem procuramos outro lugar, de tão bom que estava. Caldo de piranha no cardápio.

A noite, jantar no Taboa Bar (leia-se Tá boa). Um caldinho para reorganizar o estômago depois de algum possível excesso cometido em Dourados. Tomei o famoso caldo de piranha, prato típico do lugar. Ainda uma última observação. Em tempos messiânicos, em que é atribuído a Deus a subida, ou não, em avião que se acidenta, acho que foi uma inspiração superior que nos levou para a mesa onde sentamos. Ela era, como podem ver pela foto, a de número 13. Considerei uma boa indicação a ser posta em prática. Tenho um certo gosto especial para contar isso, para incomodar o nosso amigo Leo (aquele decalque do carro!), que encontraríamos no dia seguinte. Ele é fazendeiro em Bodoquena e mora em Campo Grande. Sua esposa, a Sílvia, é filha dos meus eternamente saudosos compadre e comadre Jair e Imeir.
 Não sei qual foi a força mágica que me conduziu a esta mesa. Atribuo a isso um significado ou uma indicação toda especial.

Amanhã iremos aos passeios, para as atrações turísticas de Bonito.

4 comentários:

  1. ola gostei da receita do peixe na folha da bananeira, posso colocar no meu facebook, é super paleolítico.

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  2. O peixe do Giovani ficou muito bom. Os ingredientes subjetivos, como a amizade e o reencontro o tornaram ainda melhor. O primitivo deu um toque todo especial.

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  3. Bonito é realmente um lugar encantador, sempre encontro pacotes de viagens para Bonito em http://www.agenciasucuri.com.br/

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