Desde que li o livro de Lorànt Deutsch - Próxima estação, Paris - é que gostei ainda mais do rio Sena e de sua ilha, a Île de la Cité, Creio que isto se deve ao fato de ter compreendido melhor a importância histórica do rio e, especialmente, a de sua ilha para o desenvolvimento da cidade. A Ilha da cidade, em forma de barco, é o coração e a alma da cidade. Nela está, ao menos no entendimento de muitos, a sua maior maravilha, que é catedral de Notre Dame. O nosso terceiro dia em Paris, já sem pacote turístico, começou exatamente, na ilha da cidade, junto a catedral. A catedral está de aniversário especial. Neste ano ela está completando 850 anos. Foi aí que pedimos para o táxi nos deixar. O dia se resumiria a andar a pé. E olha que andamos!
A magnífica catedral gótica de Notre Dame. Não é todo dia que se inicia um passeio num lugar destes.
A magnífica catedral gótica de Notre Dame. Não é todo dia que se inicia um passeio num lugar destes.
Seguimos costeando o rio, de acordo com a sua correnteza, ou seja, pela sua margem direita. O nosso primeiro destino seria a Torre Eiffel. É muito gostoso fazer este passeio a pé. Paris vai se desvelando para você. Não sei quantas pontes tem o rio. São inúmeras. A cada 500 metros, praticamente, tem uma. Algumas delas são verdadeiras obras de arte e tem atrás de si muitos anos de história. Em outras existem milhares e milhares de cadeados, que são ali colocados por enamorados, na certeza de fazerem amarrações no amor. Da minha parte não coloquei nenhum. Desde o ano passado, eu sigo a filosofa do motorista do nosso ônibus na Itália. Por que devo fazer a infelicidade de uma mulher, se a tantas, eu posso tornar felizes!
Os cadeados com amarrações do amor, numa das pontes do rio Sena.
Os cadeados com amarrações do amor, numa das pontes do rio Sena.
Numa caminhada lenta, com muitas paradas para olhares e fotografias, depois de quase duas horas, chegamos até o local da Torre. Ela seguramente merece toda a fama que tem. Subir as suas escadas (num total de 1665 degraus, da base ao topo) foi uma tarefa na qual nem mesmo pensei. Além do mais as filas para a compra de ingresso e para a subida são enormes. Existem diferentes níveis de paradas e o acesso mesmo é feito por elevador. Ela foi construída para as comemorações do centenário da Revolução Francesa e para a Exposição Internacional do mesmo ano. A sua origem, portanto, é a de muita celebração e festa. Nos contou o guia, que Gustave Eiffel, o seu projetista, a ofereceu para o governo francês, que a recusou, por problemas financeiros. Eiffel então propôs construí-la com recursos próprios, desde que pudesse explorá-la economicamente por 30 anos. Em apenas um ano e meio a obra se pagou.
De mais perto é impossível. Foto a partir de uma de suas laterais. Os números desta Torre impressionam.
Alguns números: Tem 324 metros de altura. Foi a edificação mais alta do mundo até a construção do Empire State Building de Nova York. Nela foram usados mais de 2 milhões e meio de rebites, e ela nunca balança mais do que sete centímetros. Pesa 10.100 toneladas. Ela é pintada de sete em sete anos, gastando-se nesta pintura 50 toneladas de tinta. A sua iluminação noturna constitui-se num espetáculo à parte. É o monumento mais visitado do mundo, por mais de seis milhões de turistas por ano. Da torre, teríamos algumas opções. A escolha se deu pela ida ao Arco do Triunfo e à Champs Elysées. Mais uma caminhada e o Arco estava à nossa frente.
Alguns números: Tem 324 metros de altura. Foi a edificação mais alta do mundo até a construção do Empire State Building de Nova York. Nela foram usados mais de 2 milhões e meio de rebites, e ela nunca balança mais do que sete centímetros. Pesa 10.100 toneladas. Ela é pintada de sete em sete anos, gastando-se nesta pintura 50 toneladas de tinta. A sua iluminação noturna constitui-se num espetáculo à parte. É o monumento mais visitado do mundo, por mais de seis milhões de turistas por ano. Da torre, teríamos algumas opções. A escolha se deu pela ida ao Arco do Triunfo e à Champs Elysées. Mais uma caminhada e o Arco estava à nossa frente.
O Arco do triunfo lembra os feitos de Napoleão Bonaparte. Foi sua promessa, após a sua maior vitória, a batalha de Austerlitz (1805), que seus soldados voltariam sob arcos triunfais. As obras foram iniciadas já no ano seguinte, mas o declínio de Napoleão fez com que o monumento esperasse até 1836 para ser concluído. Ele tem 60 metros de altura e o seu charme está nas esculturas que retratam cenas de batalhas militares. Ali, em 1921 foi enterrado o soldado desconhecido, e familiares de vítimas das guerras mantém viva a tradição de irem ali prestarem homenagens. Ali são realizadas as grandes festas cívicas da França.
O Arco do Triunfo foi originariamente concebido para celebrar a vitória de Napoleão em Austerlitz. Neste local acontecem os grandes eventos cívicos de Paris.
O Arco do Triunfo foi originariamente concebido para celebrar a vitória de Napoleão em Austerlitz. Neste local acontecem os grandes eventos cívicos de Paris.
O Arco do triunfo está no começo, ou seria o final de uma das avenidas mais famosas do mundo. A Champs Elysées. Ela data de 1667. Também é chamada de caminho triunfal, pois foi por ali que passou o corpo de Napoleão, após a sua chegada da ilha de Santa Helena. O seu charme se deve ao seu projeto paisagístico, com a beleza de seus jardins. Nesta avenida, já nas proximidades do Sena, estão o Grand Palais e o Petit Palais, que serviram de palco para a exposição universal de 1900. Os dois lados desta avenida são os lugares mais disputados do mundo para servirem de palco para as suas marcas. Até eu, que não sou chegado a este mundo, vi lojas, como a do famoso maleiro de Paris, um tal de Louis Vuiton e a loja do time de futebol da cidade, o Paris Saint Germain.
Uma das avenidas mais famosas do mundo. A Champs Elysées.
Uma das avenidas mais famosas do mundo. A Champs Elysées.
A estas alturas já eram umas duas da tarde, um calor intenso e a caminhada nos extenuou. Terminamos na Place de La Concorde, oito hectares de terra em pleno centro de Paris e onde se encontra o fabuloso obelisco. La Concorde foi a praça das execuções da Revolução Francesa. Mais de 1300 pessoas teriam sido ali executadas. Entre as vítimas mais famosas estão Luís XVI e Maria Antonieta, Robespierre e Marat.
O Obelisco na Place de la Concorde. É a praça das execuções da Revolução Francesa.
A Place de La Concorde fica nas proximidades do Louvre, onde almoçamos e não tínhamos mais forças, além daquelas que nos levariam de volta ao hotel, na Porta da Itália, de táxi. Não nos aventuramos a andar de metrô pela cidade. Afinal, ficaríamos poucos dias. Mas quem fizer a opção por um tempo um pouco maior, ou mais econômica, andar de metrô é altamente vantajoso e de seu serviço, só se ouve elogios. No dia seguinte mais uma aventura estava a nossa espera. Optamos pelo Pantheón e pelo Jardim de Luxenbourg. Conto na sequência.
O Obelisco na Place de la Concorde. É a praça das execuções da Revolução Francesa.
A Place de La Concorde fica nas proximidades do Louvre, onde almoçamos e não tínhamos mais forças, além daquelas que nos levariam de volta ao hotel, na Porta da Itália, de táxi. Não nos aventuramos a andar de metrô pela cidade. Afinal, ficaríamos poucos dias. Mas quem fizer a opção por um tempo um pouco maior, ou mais econômica, andar de metrô é altamente vantajoso e de seu serviço, só se ouve elogios. No dia seguinte mais uma aventura estava a nossa espera. Optamos pelo Pantheón e pelo Jardim de Luxenbourg. Conto na sequência.
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