sexta-feira, 13 de abril de 2018

Um panorama da educação na Argentina. Entrevista com a professora Mariana - Córdoba.

Estou adorando a minha vida de administrador de tempo livre. Ele me permite não ter compromissos com o tempo, com o tempo relógio, na luta pelo pão de cada dia. Assim, em meados do ano de 2017, participei ativamente do processo eleitoral da APP-Sindicato, em favor da chapa dois, da APP- Independente. Nessa campanha conheci pessoas maravilhosas. A campanha me levou até a cidade de Francisco Beltrão. Lá, entre outras pessoas, conheci Rogério Rech, nosso candidato a presidente do núcleo regional, duas vezes mestre, uma vez doutor e pós doutorando, mas acima de tudo, professor da rede pública de ensino em um colégio num dos bairros da gente mais humilde.
Rogério, o orientador e a banca.


Rogério é um estudioso. Entre as visitas da campanha sobrou um tempo para assistir o trabalho de qualificação do seu terceiro mestrado, na UNIOESTE de Francisco Beltrão. É lógico que foi aprovado. Vejam só o tema: A subversividade em Paulo Freire: um espectro nos ronda, o fantasma das ditaduras no Brasil e na Argentina. Uma amizade ficou selada.

Ao longo do mês de março recebi um honroso convite. Era para a apresentação da defesa da dissertação no dia 2 de abril de 2018 e, lá fui eu. Já pela manhã conheci uma professora que integraria a banca, a professora Mariana Alejandra Tosolini, da Universidade Nacional de Córdoba, a famosa universidade fundada pelos jesuítas em 1613, a pioneira na América do Sul. Visitamos a Assessoar, instituição da qual ainda falarei numa outra oportunidade.

A tarde foi a defesa. Banca constituída. Dr. Ivo Dickman, Dra. Cecília Ghedini e a Dra.Mariana Tosolini. O Dr. André Castanha, o orientador, presidiu a banca. Eles representavam, o pensamento de Paulo Freire, sua repercussão na Argentina e a educação freireana no campo. Banca altamente qualificada. E a serenidade de quem soube do trabalho que fez, o tri mestrando, Rogério Rech. Resultado: Aprovação com louvor e recomendação de publicação.
Com o Rogério, uma grande amizade estabelecida.


A noite assisti a aula inaugural ou magna dos cursos de mestrado da Unioeste de Francisco Beltrão, ministrada pela professora Mariana, que apresentou um painel sobre a presença do neoliberalismo na educação argentina e pelo professor Ivo Dickman, que apresentou o pensamento de Paulo Freire e o seu grande reconhecimento no Brasil e no mundo. Depois disso, o óbvio, uma cerveja para comemorar e, boa conversa. No dia seguinte ainda assisti as aulas da professora Mariana. A universidade aproveitou a sua presença na banca, para ministrar uma das disciplinas do curso. Um dia de aula sobre a política argentina e, dentro dela, as políticas educacionais. Uma oportunidade rara.

Mas o que me leva a este post é deixar registrada uma entrevista que a professora Mariana concedeu a um jornal de Francisco Beltrão. A deixo aqui registrada para aqueles que se interessam pelo tema da educação, especialmente, a educação comparada. Ao jornal de Francisco Beltrão, os parabéns. Entrevista de alta qualidade, coisa rara na mídia destes tempos bicudos. A todos, especialmente, para a Ieda e para o Rogério, meus anfitriões, os meus melhores agradecimentos e uma lembrança final, retirada do livro Filosofia Filosofia para não filósofos, sobre o tema da alteridade: "Nós somos as relações que estabelecemos com os outros".

E, obviamente, o link da entrevista.
http://www.jornaldebeltrao.com.br/noticia/273458/e-uma-reducao-do-publico-e-nisso-o-que-se-reduz-e-o-investimento-em-educacao

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