O nosso terceiro dia em Bonito amanheceu com um frio curitibano. Na nossa programação constava o passeio de barco, incluso no pacote, com flutuação no rio Sucuri. O rio Sucuri é um rio pequeno em sua extensão, em compensação é bastante volumoso e tem uma temperatura constante, em torno de 23 a 24º. Por isso, embora todo o frio, a flutuação poderia ser feita. Só não a fizemos em função do vento gelado, na saída da água. Fizemos, no entanto, o passeio de barco. O rio tem este nome de Sucuri, porque visto de cima, ele em seu volteado, imita uma sucuri. Não é porque existam sucuris em seu leito. Deve ser o rio mais preservado de Bonito.
Uma vista do rio Sucuri já nas proximidades de sua confluência com o rio Formoso.
Uma vista do rio Sucuri já nas proximidades de sua confluência com o rio Formoso.
No passeio estão incluídas as vestimentas apropriadas para a flutuação e o mergulho e desta forma você pode ver os peixes e as plantas que se encontram no fundo do rio. Toda a paisagem é maravilhosa. Na parte que serve de base para o passeio existe um bosque com as árvores nativas do cerrado, com destaque para as aroeiras, para as palmeiras de bacuri e as figueiras. Você faz uma pequena trilha e chega ao rio, na barra ou na confluência do rio Sucuri com o Formoso. Como estávamos apenas em dois, subimos num pequeno barco e navegamos rio acima, ajudando inclusive, a remar. Andamos mais ou menos uns mil e quinhentos metros, rio acima e voltamos. Nesta volta é que, correnteza abaixo, se daria a flutuação e os mergulhos.
O cenário se compõe em primeiro lugar de peixes e, mais vez, com a predominância da piraputanga, de pequenas aves, de porcos selvagens e, embora não tenhamos visto, bugios. Chegamos a ouvir o seu ruidoso e poderoso ronco. Outra atração é a flora aquática. Mas o encanto mesmo é a clareza e a transparência da água. Desta vez o nosso guia ou canoeiro foi o Gilmar. Muito prestativo e atencioso. Esta água, embora toda a sua limpidez, não é potável em função dos seus componentes químicos. Dizem que provoca diarreia. Me impressionou muito o caráter parasitário da figueira que suga a força das palmeiras de bacuri, até a sua última força. Sobre isto também farei um post a parte, devidamente ilustrado.
Nas águas límpidas e transparentes, milhares de peixes.
Nas águas límpidas e transparentes, milhares de peixes.
O passeio não é muito demorado. Menos de duas horas. A barra está distante da cidade, uns 20 quilômetros, também, em estrada de terra. O transporte ao local, mais vez não está incluído no pacote. É uma regra geral. Na volta à cidade, um almoço típico. Peixe no cardápio, num belo restaurante. Eu preferiria uma moqueca com um pirão, mas o meu filho preferiu um dourado grelhado, que foi o que comemos. A tarde fomos ao Balneário Municipal. O frio intenso não nos possibilitou muito usufruto do local. Já comentei sobre o absurdo dos ingressos a estes balneários.
Vista do balneário municipal. A quantidade de peixes é enorme.
O resto da tarde foi ocupado com uma visita à fábrica dos sonhos da Taboa, onde compramos uma linda cerâmica para servir caldinhos e às lojas da principal avenida da cidade. Como já mencionei, o artesanato é bonito e variado. Animais nativos, entre peixes e aves, cerâmica indígena, entalhes, tudo muito colorido. Os preços são compatíveis, sem grande exploração. Lembro que viemos fora da temporada. Existem lojas ao longo de toda a avenida mas os preços são sempre muito parecidos. Comprei um belo tuiuiú e o Alexis uma colorida arara, além de coisinhas menores. O frio não deu tréguas e fez com que a noite somente a parte interior do Taboa Bar funcionasse.
Produtos do artesanato de Bonito. Araras, tuiuús, tucanos e outros animais. Além disso, destaque para a cerâmica indígena.
Ainda não falei de cachaça em Bonito. Não é o seu forte. Perguntado sobre, fui informado que havia a Taboa e tinha, em outra época a Taruim. Mas uma briga judicial da Taboa retirou a Taruim do mercado. Comprei uma Taboa empalhada para a minha coleção, junto com uma outra produzida em Coxim, com a marca de preferida. Tem muito licor de Guavira, uma espécie de gabiroba nossa, típica do cerrado e de vegetação rasteira. A frutinha tem até festa própria, por ocasião de sua colheita. A fruta é famosa pela sua vitamina C e outras propriedades, provavelmente brotadas do imaginário popular. Devolução de juventude e de rigor.
Em Bonito encontrei estas cachaças. O nome da Taboa obedece a duas referências, uma é relativa à qualidade, a outra, a palha que cobre a garrafa.
No dia seguinte iniciaria a nossa odisseia. Não durou dez anos, mas bem que poderia ter sido mais demorada, de tão agradável que foi. A visita aos nossos amigos a fez ser tão agradável. Depois eu conto. Tem Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, Alto Paraíso e Umuarama no caminho.
Vista do balneário municipal. A quantidade de peixes é enorme.
O resto da tarde foi ocupado com uma visita à fábrica dos sonhos da Taboa, onde compramos uma linda cerâmica para servir caldinhos e às lojas da principal avenida da cidade. Como já mencionei, o artesanato é bonito e variado. Animais nativos, entre peixes e aves, cerâmica indígena, entalhes, tudo muito colorido. Os preços são compatíveis, sem grande exploração. Lembro que viemos fora da temporada. Existem lojas ao longo de toda a avenida mas os preços são sempre muito parecidos. Comprei um belo tuiuiú e o Alexis uma colorida arara, além de coisinhas menores. O frio não deu tréguas e fez com que a noite somente a parte interior do Taboa Bar funcionasse.
Produtos do artesanato de Bonito. Araras, tuiuús, tucanos e outros animais. Além disso, destaque para a cerâmica indígena.
Ainda não falei de cachaça em Bonito. Não é o seu forte. Perguntado sobre, fui informado que havia a Taboa e tinha, em outra época a Taruim. Mas uma briga judicial da Taboa retirou a Taruim do mercado. Comprei uma Taboa empalhada para a minha coleção, junto com uma outra produzida em Coxim, com a marca de preferida. Tem muito licor de Guavira, uma espécie de gabiroba nossa, típica do cerrado e de vegetação rasteira. A frutinha tem até festa própria, por ocasião de sua colheita. A fruta é famosa pela sua vitamina C e outras propriedades, provavelmente brotadas do imaginário popular. Devolução de juventude e de rigor.
Em Bonito encontrei estas cachaças. O nome da Taboa obedece a duas referências, uma é relativa à qualidade, a outra, a palha que cobre a garrafa.
No dia seguinte iniciaria a nossa odisseia. Não durou dez anos, mas bem que poderia ter sido mais demorada, de tão agradável que foi. A visita aos nossos amigos a fez ser tão agradável. Depois eu conto. Tem Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, Alto Paraíso e Umuarama no caminho.
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