Como eu não conhecia as cidades de São Luís e de Fortaleza e, querendo conhecê-las, fui estudar detalhadamente um roteiro para tal. Nestes estudos me deparei com o que ficou denominado "rota das emoções". Esta rota liga as duas cidades pela via litorânea. Vários trechos são possíveis de serem feitos apenas em carros traçados 4X4. Isso para passar pelos areais e pela lama que se forma no período das chuvas, que ocorrem no período do inverno. Isso não significa que no verão as condições das estradas estejam em melhores condições.
Não se assustem com os carros 4X4. São todos carros em perfeitas condições de uso.
Não se assustem com os carros 4X4. São todos carros em perfeitas condições de uso.
Comecei o meu roteiro por São Luís, onde permaneci por três noites. Fiz um city tour e um passeio em Alcântara. O city tour foi todo ele feito a pé, pela centro histórico, um passeio fantástico, que detalharei em post especial. Lembrando que São Luís foi colonizada pelos franceses, que brigaram com os holandeses, para, finalmente, os portugueses ali se estabelecerem. O seu centro histórico é bem maior que o de Salvador e foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade no ano de 1997. Já Alcântara é quase uma cidade fantasma, remanescente dos tempos da cultura algodoeira, o chamado ouro branco.
O Palácio dos Leões, sede administrativa e residencial do governo do Maranhão.
O Palácio dos Leões, sede administrativa e residencial do governo do Maranhão.
O próximo destino seria a cidade de Barreirinhas, ponto de apoio para a visita aos Lençóis Maranhenses. Uma paisagem absolutamente deslumbrante. Ali permaneci por mais três noites, fazendo dois passeios maravilhosos: o dos lençóis, necessariamente feito em carro traçado 4X4. Depois de passar por vegetação de cerrado com muitos areais, onde os encalhes são fáceis, se chega à área das restingas, onde os encalhes se dão na lama. O melhor período para fazer esta viagem é no mês de junho, por ocasião das festas juninas e do fim das chuvas de inverno, quando os lagos, formados pelas águas das chuvas, estão cheios. Julho e agosto também são meses interessantes, só que são meses de férias, primeiro as nossas e, depois, as dos europeus. Estes são os maiores frequentadores, junto com os japoneses. É melhor fazer o passeio pela tarde, por duas razões: menos calor e o por do sol.
Uma vista dos Lençóis.
Vista do rio Preguiças, pelo qual fizemos um belo passeio de barco.Uma vista dos Lençóis.
Outro passeio maravilhoso é de barco pelo rio Preguiças. É passeio de dia inteiro, com paradas em Vassouras, no Farol de Mandacaru e a última, já na praia de mar de Caburé, a parada mais longa para o almoço, com opção de passeios de bug.
No dia seguinte a viagem prosseguiria para duas noites em Parnaíba, já no delta do rio de idêntico nome. Na verdade, o hotel ficava mais perto de Luís Correia, a única praia de mar do estado do Piauí. Tenho uma longa história para contar mais adiante sobre as brigas de fronteira entre o Piauí e o Ceará, brigas que, por sinal, ainda continuam. A viagem foi calma e tranquila, com belas paisagens, sendo eu o único passageiro.
O pouso dos guarás, uma belíssima atração no Delta do rio Parnaíba.
O passeio escolhido foi pelo Delta do rio Paraíba, o chamado Delta das Américas. Existem três grandes deltas pelo mundo afora: O delta do Mekong, o do rio Nilo e o do Parnaíba. Seguimos por terras maranhenses, buscando os pequenos lençóis e uma pequena ilha que serve de abrigo noturno para os guarás, pássaros totalmente vermelhos em função dos caranguejos dos quais se alimentam. Foram estes guarás que deram nome a nossa praia de Guaratuba, aqui no Paraná. Até recentemente correu a notícia de que eles teriam voltado a aparecer, mas como a crueldade humana não tem limites, foram, alguns dizimados, e outros para paragens mais hospitaleiras.
De Parnaíba a vigem seguiria para Jericoacara. Aqui realmente o carro traçado 4X4 se faz efetivamente necessário. Fui mais uma vez um turista solitário. Isso mostra que a rota ainda não é muito conhecida. A viagem é simplesmente deslumbrante. Antes de Jericoacara, passamos por uma das atrações de seus passeios, a lagoa de Tatajuba. Em Jericoacara fiquei mais duas noites. A praia fica num pequeno povoado de apenas cinco ruas e que pertence ao município de Jijoca. Não tem como não se encantar por este lugar.
Últimos raios de sol ao final de mais um dia em Jericoacara.
Começou então a última etapa desta nossa rota. De Jericoacara a Fortaleza, para ali permanecer mais três noites. A viagem começa com carro traçado 4X4 até Jijoca e depois segue de ônibus, com os perto de cinquenta lugares tomados. Ali o turismo já é intenso pelo ano todo. Gostei de Fortaleza, onde fiz city tour e passeio para Cumbuco e visita ao centro histórico da cidade. Depois desta apresentação volto a cada uma destas atrações do roteiro com descrição pormenorizada. Para quem se interessar, montei este passeio e o indiquei e comprei na CVC. O preço básico varia entre sete e oito mil reais, dependendo dos voos e dos hotéis, mais as despesas locais. O passeio também pode ser feito de forma invertida. Até breve, para eu contar sobre a viagem e sobre São Luís.
Não poderia faltar esta imagem símbolo de Fortaleza, a virgem dos lábios de mel. Iracema.
No dia seguinte a viagem prosseguiria para duas noites em Parnaíba, já no delta do rio de idêntico nome. Na verdade, o hotel ficava mais perto de Luís Correia, a única praia de mar do estado do Piauí. Tenho uma longa história para contar mais adiante sobre as brigas de fronteira entre o Piauí e o Ceará, brigas que, por sinal, ainda continuam. A viagem foi calma e tranquila, com belas paisagens, sendo eu o único passageiro.
O pouso dos guarás, uma belíssima atração no Delta do rio Parnaíba.
O passeio escolhido foi pelo Delta do rio Paraíba, o chamado Delta das Américas. Existem três grandes deltas pelo mundo afora: O delta do Mekong, o do rio Nilo e o do Parnaíba. Seguimos por terras maranhenses, buscando os pequenos lençóis e uma pequena ilha que serve de abrigo noturno para os guarás, pássaros totalmente vermelhos em função dos caranguejos dos quais se alimentam. Foram estes guarás que deram nome a nossa praia de Guaratuba, aqui no Paraná. Até recentemente correu a notícia de que eles teriam voltado a aparecer, mas como a crueldade humana não tem limites, foram, alguns dizimados, e outros para paragens mais hospitaleiras.
De Parnaíba a vigem seguiria para Jericoacara. Aqui realmente o carro traçado 4X4 se faz efetivamente necessário. Fui mais uma vez um turista solitário. Isso mostra que a rota ainda não é muito conhecida. A viagem é simplesmente deslumbrante. Antes de Jericoacara, passamos por uma das atrações de seus passeios, a lagoa de Tatajuba. Em Jericoacara fiquei mais duas noites. A praia fica num pequeno povoado de apenas cinco ruas e que pertence ao município de Jijoca. Não tem como não se encantar por este lugar.
Últimos raios de sol ao final de mais um dia em Jericoacara.
Começou então a última etapa desta nossa rota. De Jericoacara a Fortaleza, para ali permanecer mais três noites. A viagem começa com carro traçado 4X4 até Jijoca e depois segue de ônibus, com os perto de cinquenta lugares tomados. Ali o turismo já é intenso pelo ano todo. Gostei de Fortaleza, onde fiz city tour e passeio para Cumbuco e visita ao centro histórico da cidade. Depois desta apresentação volto a cada uma destas atrações do roteiro com descrição pormenorizada. Para quem se interessar, montei este passeio e o indiquei e comprei na CVC. O preço básico varia entre sete e oito mil reais, dependendo dos voos e dos hotéis, mais as despesas locais. O passeio também pode ser feito de forma invertida. Até breve, para eu contar sobre a viagem e sobre São Luís.
Não poderia faltar esta imagem símbolo de Fortaleza, a virgem dos lábios de mel. Iracema.
Um belo relato dessa aventura! Parabéns!
ResponderExcluirRachel, este foi um dos mais belos passeios em minha vida. Quando fiz ainda era pouco explorado, o roteiro todo. Natureza, beleza e história. Valeu muito a pena. Agradeço a sua manifestação.
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