quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Europa 2019. 10. VIENA e a Áustria.

Dia 31 de agosto. Quarta feira. O nosso tour estava chegando ao seu destino final. Viena. Mas antes, no caminho, ainda passaríamos por Bratislava, a capital da Eslováquia. Fizemos uma parada e almoçamos. Ela tem uma população em torno de 500.000 habitantes e tem no castelo e na catedral as suas duas maiores atrações turísticas. Ali Hans Christian Andersen recolheu a história da menina da caixa de fósforos, que morreu de frio, às vésperas do ano novo.
Em Bratislava, o castelo.

A Eslováquia tem uma história bastante conturbada, assim como toda a região. O último grande fato foi a conquista de sua autonomia, numa negociação com a República Tcheca, em 1993. Tem uma população em torno de 5,5 milhões de habitantes e é considerado como o país que mais está crescendo economicamente em toda a União Europeia, à qual o país pertence desde o ano de 2004. Em 2009, aderiu também ao euro. Pertence também à OCDE e à OTAN. Grandes empresas internacionais tem importantes sedes no país, com destaque para a Volkswagen.
Ainda em Bratislava, a sua catedral.

Ao final da tarde entramos em Viena e imediatamente fizemos o tour panorâmico pela cidade, indo diretamente para a sua versão de Versalhes, o Palácio de Schönbrunn, a bela fonte. O palácio data do século XVII, mas ganhou as formas de real grandeza, no século seguinte, com a imperatriz Maria Teresa e o seu governo de quarenta anos e com Francisco José e a sua esposa Elizabeth Amália von Wittelsbach, unindo a poderosa família da Baviera aos Habsburgos do Império Austro-Húngaro. Elizabeth é a famosa imperatriz Sissi, cuja complicada vida e culto à beleza foi imortalizada no cinema, pela interpretação da grande atriz Romy Schneider. Um filme para ser agora revisto. O palácio também abrigou importantes encontros políticos, com destaque para o ocorrido em 1961, entre Kennedy e Khruschev.
Uma primeira vista do Palácio de Schönbrunn.

A nossa parada foi rápida, apenas para ver a sua fachada. Faríamos um tour no dia seguinte pela sua parte interna e jardins, porém, não conseguimos formar o grupo. Uma pena. De lá seguimos para o centro da cidade, andando pelos principais monumentos históricos da cidade. Viena não é uma cidade fácil de ser visitada a pé. Seus principais palácios, igrejas, teatros, museus e casas históricas estão espalhadas por toda a cidade, são muitos e o rio Danúbio não é referência. Ele não atravessa o centro da cidade.
Mais uma vista da Versalhes vienense. 

Fizemos mais uma parada, num palácio e com uma vista fabulosa e uma parada final num local onde havia grande concentração popular, num movimentado mercado, onde não podíamos deixar de experimentar a cerveja vienense. Antes de voltar ao ônibus descobrimos o Volksgarten, junto ao Palácio de Hofburg, outra das importantes famílias austríacas. Um jardim de beleza impressionante. O maior número de roseiras juntas que já vi em minha vida. Todas catalogadas e troncos grossos, denunciando a sua vida longeva. Um dos mais belos jardins que já vi em minha vida.
Outro palácio vienense de impressionante beleza.

O dia seguinte, primeiro de agosto seria inteiramente livre. Como nas proximidades havia um grande mercado, com feira popular permanente, foi esta a nossa opção de passeio. Enorme e com a venda de tudo o que se possa imaginar. Frutas, hortigranjeiros, artesanatos e bugigangas mil, além das bancas de comidas e muitas cervejas. Foi o tempo para a compra de souvenirs. A tarde, um passeio por uma das grandes avenidas, mas não chegamos às grandes atrações da cidade. No dia seguinte faríamos o translado para o aeroporto de Viena, que está sendo triplicado e o primeiro susto do tour. Um atraso no voo em mais de uma hora e uma conexão apertada no enorme aeroporto de Frankfurt. Teríamos em torno de 40 minutos para o embarque. Enfim, deu tudo certo.
Em Viena, no Volksgarten. Belíssimas roseiras.

Ainda algumas coisas sobre Viena e a Áustria, sem enveredar em sua longa e grandiosa história. Apenas alguns lances de sua atualidade. Quanto aos austríacos famosos, apenas vimos o Café Landtmann, fundado em 1873, num endereço famoso, frequentado por famosos. Era o preferido de Freud e de Gustav Mahler. Como Viena era a capital da música, a cidade também hospedou o alemão Beethoven. Wolfgang Amadeus Mozart e Franz Schubert são filhos ilustres.. Confesso que queria andar mais tempo e bem a esmo nesta famosa e encantadora cidade.
Viena, a capital da música. 

A Áustria é um dos países mais ricos do mundo. A sua riqueza é composta de serviços, indústria e turismo, e com um mercado fortemente integrado com os vizinhos da União Europeia, com a Alemanha em particular. Suas empresas atuam sob a forma de conglomerados integrados, tornando-os mais fortes. A sua população gira em torno nove milhões de habitantes, morando quase dois milhões deles, em Viena. Viena é um canteiro de obras, com a triplicação do tamanho de seu aeroporto e a ampliação dos serviços do metrô. Ao lado do hotel havia obras do metrô, com trabalho ininterrupto nas 24 horas do dia. A sua universidade data de 1365, sendo considerada a mais antiga do mundo em língua alemã. Nela estudam mais de noventa mil alunos. De Viena, o que eu posso dizer mais... Sobrou um enorme desejo de conhecê-la melhor.

Adendo em 26.05.2020. Quem quiser saber mais sobre a Áustria recomendo a leitura de A ordem do dia, de Éric Vuillard. O livro retrata dois momentos da Segunda Guerra Mundial: o apoio dado pelos maiores industriais da Alemanha e a anexação da Áustria ao Reich. Foi muito triste.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo comentário. Depois de moderado ele será liberado.