quarta-feira, 13 de maio de 2015

Sergipe. O menor dos estados brasileiros.

Na qualidade de administrador de tempo livre resolvi dedicar oito dias desse tempo para o estado de Sergipe e para a sua capital, a bela cidade de Aracaju. Eu já estive uma vez em Aracaju, ainda na década de 1990 e, tanto a cidade, quanto o seu povo me agradaram muito. Na ocasião eu participei de um congresso. O motivo maior da escolha pelo Sergipe foi o cânion de Xingó, no rio São Francisco, que está localizado na cidade de Canindé do São Francisco, no sertão sergipano. Com o represamento das águas do rio, em função da hidrelétrica de Xingó, o cânion pode ser apreciado por um passeio em um catamarã.
O estado de Sergipe. O mapa encontra-se no Museu da Gente Sergipana. Um primor de museu interativo.

Como anunciei no título, Sergipe é o menor dos estados brasileiros. Ele possui exatos 21. 915.116 Km²., um pouco mais do que 10% do território do Paraná. É dividido em três diferentes regiões, o leste, ou o litoral, o agreste e o sertão. A sua população, segundo estimativa do IBGE, para o ano de 2014 é de dois milhões e duzentos mil habitantes. Aracaju, a capital, possui 614.000 habitantes, seguida por Nossa Senhora do Socorro, na grande Aracaju, com 172 mil. O estado é cortado por duas rodovias federais, a BR 101, no sentido norte sul e pela BR 235, no sentido leste oeste. As estradas estaduais se interligam com estas rodovias que alcançam todos os 75 municípios do estado.

O estado tem muita história. Tem, inclusive, uma cidade que é Patrimônio Cultural da Humanidade, assim declarada pela UNESCO. É a cidade de São Cristóvão, a quarta mais antiga do Brasil e a primeira capital do estado, fundada em 1590, naqueles tempos da União Ibérica. Sobre ela eu vou contar mais coisas, num post especial. A sua posição é estratégica na passagem entre Pernambuco e a Bahia, ou mais precisamente, entre Salvador e Olinda. A emancipação sergipana se deu em 1820, quando se separou da Bahia.
São Cristóvão, a quarta cidade mais antiga do Brasil. Patrimônio Cultural da Humanidade. UNESCO.

O estado também é rico, o que para nós, do sul, soa estranho, um estado do nordeste ser rico. A cana de açúcar foi a sua riqueza histórica e é, ainda hoje, a sua maior riqueza. Segue-se o cultivo da mandioca, do coco e da laranja. Até o quiabo do caruru baiano é produzido nas irrigações do rio São Francisco, na cidade de Canindé de São Francisco. O estado é rico também em recursos naturais, como o petróleo e o gás natural, o calcário e o potássio. Em Carmópolis está sendo implantada uma mini refinaria de petróleo, por um grupo privado do Rio de Janeiro e em Rosário do Catete opera a Vale do Rio Doce, na extração de potássio, da enorme mina desse importante componente para a produção de adubos. Na parte de energia elétrica tem a hidrelétrica de Xingó e uma usina de energia eólica, no município de Barra dos Coqueiros.
Uma ponte estaiada liga Aracaju a Barra dos Coqueiros. A presença do moderno.

Esperando o voo para voltar, observei a movimentação de vários helicópteros no aeroporto de Aracaju. Apenas achei estranho e guardei a curiosidade, o que não é bom, para ser desvendada em outro momento. O Google me forneceu a resposta. Eles transportam os petroleiros que trabalham em 26 plataformas de extração do produto, no mar sergipano. O porto de Sergipe fica no município de Barra dos Coqueiros, na grande Aracaju.

Outra grande riqueza está no turismo. A praia de Atalaia e a infraestrutura aí montada é um verdadeiro cartão postal. Uma ampla avenida, com inúmeros hotéis, restaurantes, feiras de artesanato, receptivos de turismo e quadras poliesportivas compõem o belo cenário. A segurança é item que merece destaque especial. Tem delegacia para turista, câmeras e policiamento ostensivo. Você se sente absolutamente seguro. O rio São Francisco oferece duas atrações que são únicas, o cânion de Xingó e a sua foz. Além disso tem as cidades históricas de São Cristóvão e de Laranjeiras, uma cidade que se originou a partir dos escravos.
O Cânion de Xingó. A maior e a mais bela atração turística do estado.

Conversando com o motorista do receptivo que me levava ao aeroporto, mostrei a ele a minha impressão de que Sergipe era um estado diferenciado, para melhor, dentro do quadro do nordeste e ele manifestou toda a sua indignação e inconformismo com a situação política de seu estado e me desautorizou dizendo qua a minha impressão era a de um turista e não a de um morador do estado. Cá comigo, prefiro ficar com a boa impressão que eu tive desse belo e rico estado.
A mais mística das atrações turísticas. A foz do rio São Francisco.


Lembrando ainda que Sergipe deriva de siri e rio. Não é por nada que o caranguejo, que seria um siri maior, é onipresente e o prato mais característico da culinária sergipana. E mais, o estado de Sergipe preservou o seu banco estadual, o BANESE.

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