quinta-feira, 28 de julho de 2016

Viagem a Cuba. 1. Preparação e primeiras impressões.

A nossa viagem para Cuba foi decidida enquanto estivemos visitando a região das missões jesuíticas no Paraguai, na Argentina e no Rio Grande do Sul, em fevereiro de 2016. Valdemar Reinert e o seu cunhado Adilson, foram os companheiros nesta maravilhosa viagem. Muitas leituras complementaram esta viagem. Mas no primeiro momento tudo ficou por isso.
O passaporte e a tarjeta são necessários e um bom guia ajuda muito.

A viagem ganhou forma, quando no começo do mês de abril, participamos, Valdemar e eu, do 3º Congresso Anarquista, na Colônia Cecília em Palmeira. Ali, naquela ocasião se somou ao grupo o companheiro Marco Aurélio Gaspar, professor em São João do Triunfo. Posteriormente, a viagem ganhou as suas datas, numa promoção da Copa Airlines, uma companhia aérea panamenha. Algo um pouco superior a quinhentos dólares, mais taxas e emissões, em dez prestações. O grupo ficou definido em quatro pessoas. Regina e Valdemar Reinert, Marco Aurélio Gaspar e eu. A data ficou marcada para o dia 11 de julho a ida e a volta para o dia 23.

O número de quatro pessoas nos ajudou a baratear muito a viagem. Pagamos por quarto 35 CUC, equivalente a 35 euros. Mas a grande vantagem de estarmos em quatro foi a divisão de táxis, a forma mais eficiente de conhecer a cidade. Os táxis fazem as despesas crescerem significativamente, ainda mais quando você quer poses fotográficas nos carros clássicos, os rabos de peixe da década de 1950, ou então um Ford 1928, com o qual fomos a um concerto no Teatro Nacional de Havana. É bem melhor levar euros em vez de dólares. Estes recebem uma sobretaxa na hora de efetuar o câmbio. Uma pequena hostilidade para com o bloqueio imposto pelos americanos.
A nossa primeira hospedagem em Cuba. O bairro Vedado é cheio de palacetes. Este é um dos mais simples.


Optamos por nos hospedar em casas de família, em vez da rede hoteleira. Esta forma de hospedagem foi uma grande saída encontrada pelo governo cubano para melhorar a renda de muitas famílias com o aluguel de um, dois ou até três quartos de suas próprias casas. Conheci algo semelhante em Fernando de Noronha, com o projeto das pousadas domiciliares. Por contatos mantidos em Cuba acertamos o aluguel de dois quartos e a contratação de um táxi que nos esperaria no aeroporto internacional José Martí, um tanto distante dos três bairros que formam a cidade de Havana, A Habana Vieja, o Centro Habana e Prado e o Vedado e Plaza.
Nossa primeira cerveja em Havana. E Marco Aurélio Gaspar só na água. Este quarteto valeu!

O desembaraço burocrático no aeroporto foi muito tranquilo e rápido. Largos sorrisos se abriram pelo fato de sermos brasileiros. Os documentos exigidos para a entrada são o passaporte, obviamente, e uma tarjeta de visto, que nos foi vendida junto com o check in na Copa Airlines, em São Paulo, por R$ 70,00. Esta tarjeta é recolhida na volta. Um seguro saúde e de viagem também é exigido mas não houve verificação. Em Havana o táxi estava efetivamente à nossa espera. Um Lada muito velho. Ficamos dois dias na primeira casa. Optamos por outra logo a seguir, em busca de maior privacidade. Ficamos no Vedado, muito próximos do hotel Meliã Cohiba. Foi muito bom ter o hotel nas proximidades, por causa de câmbio, internet e venda de shows e pacotes turísticos. Também ficamos muito próximos do Malecon, a grande avenida beira mar da cidade.

Uma primeira pequena incursão pela cidade, a pé.  A primeira cerveja foi a nossa grande preferida, a Bucanero. A comida cubana é uma delícia de tempero, com muitos frutos do mar, frango e carne de porco. O atendimento sempre é maravilhoso, com muita presteza em dar bom atendimento. Sempre muito dispostos a dar explicações.
Uma vista de carros antigos utilizados como táxis em Havana.

As primeiras impressões: Onipresença dos carros velhos. Isto não é nenhum sinal de pobreza, muito pelo contrário. São um charme à parte. Coisa de cinema. Casarões enormes, alguns em ótimo estado, com restauração em andamento e outros ainda não restaurados, praticamente em abandono. É um mundo de riqueza a ser explorado. Não é possível a acumulação de imóveis. As curiosidades sobre a economia e a estrutura da sociedade cubana ficam para os próximos posts. A presença da revolução também está anunciada por toda a parte.

Com o cansaço do dia, tivemos pouca vontade para fazer mais coisas. Uma janta, umas bucaneros bem frias (geladas) banho e preparo para o primeiro dia completo em Cuba, que prometia muito. Um city tour e uma noite de sonhos. Só adianto que fomos assistir o show que eu jamais acreditei que um dia se tornasse realidade. Um show com o Buena Vista Social Clube. Mais para frente eu conto tudo. Estou com doze posts listados com temas a serem desenvolvidos. Prometo até contar uma brevíssima história da República de Cuba.






2 comentários:

  1. Ansioso para ler o segundo post, bem como o terceiro, o quarto...

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  2. Muito obrigado Rogério. Foi uma viagem maravilhosa. Aos poucos os outros posts serão publicados.

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