A minha "Rota das Emoções" chegaria ao seu final, com a última etapa da viagem. De Jericoacara até Fortaleza. Mais 280 quilômetros seriam percorridos em mais de 4horas. Primeiro andaríamos, mais uma vez, de carro traçado 4X4. Me assustei um pouco vendo um carro mais velho e aberto chegando à pousada. A mala foi posta no teto da carroceria. O guia/motorista foi logo explicando. É só até Jijoca (23 quilômetros). De lá vocês seguem em confortável ônibus, pela rodovia CE 085. Seriam as últimas emoções do maravilhoso roteiro.
No rumo do encontro com a virgem dos lábios de mel.
Seguiríamos sempre margeando o litoral. Me lembro das cidades de Acaraú (65.000 h.), Iracema (15.000 h.), Trairi (60.000 h.), Paraipaba (35.000 h.), São Gonçalo do Amarante (50.000 h.), já na região metropolitana de Fortaleza e Caucaia (362.000 h). Pronto, já estávamos em Fortaleza. O guia era bom de informações. Ao longo do caminho apenas uma parada para o almoço. O ônibus foi largando o pessoal em seus hotéis, todos concentrados ao longo da avenida Beira- Mar.
Uma bela vista da cidade de Fortaleza.
Chegamos já ao final da tarde. Com um mapinha na mão fiz um desenho mental do local em que eu estava hospedado. No Hotel Bristol - Jangada, na avenida da Abolição. Estava a 50 metros da famosa feirinha, próxima à praia do Meirelles. Na manhã seguinte eu teria um city tour para fazer e mais um passeio a praia de Cumbuco. Como ainda estava com o problema da gota, optei por descanso imediato, após uma sopa de carne e legumes no restaurante do hotel. Isso em meio aos pratos de muitos frutos do mar e peixes. O estoicismo sempre fez parte da minha vida.
A majestosa catedral da cidade de Fortaleza.
O city tour foi muito bom. Deu para ter uma boa noção da cidade. A feirinha, o mercado do peixe, o porto de Mucuripe, a praia do Futuro, a nova região dos ricos, o palácio do governo, a região central da cidade, vista da catedral e do mercado central e a casa do turista. Nesta nós fizemos uma parada de uma hora. Muitas lojas com artesanato, toalhas, lençóis e todo o tipo de lembrancinhas. Depois seguimos para a praia de Cumbuco, distante de Fortaleza uns 30 quilômetros. Creio ser um passeio absolutamente dispensável. Não gosto deste tipo de turismo feito no nordeste, em que te largam por horas e horas em uma barraca de praia, oferecendo outros passeios e preços de refeições caríssimas. O contrato da empresa com a barraca é de um mínimo de cinco horas. O jogo entre Portugal e Espanha ajudou a passar o tempo.
José de Alencar, onipresente em Fortaleza. O teatro com o seu nome.
O guia turístico foi um show à parte. Ele mesmo dizia que tinha que fazer jus à fama de Fortaleza, como a terra dos humoristas. Ele contou a história do Ceará a partir do romance Iracema, de José de Alencar. Fez várias declamações de cor, especialmente, a famosa declaração de amor para Iracema, a bela índia, virgem dos lábios cor de mel. Recomendou shows de humor e falou de várias programações artísticas em cartaz, bem como das principais atrações da cidade, como o Centro Cultural Dragão do Mar e contando a história dos jangadeiros que se recusaram a transportar os escravos. Assim eles foram libertados, antes mesmo da data da abolição.
Francisco José do Nascimento, o Chico da Matilde. O jangadeiro abolicionista.
No dia seguinte, de táxi, fui ao centro da cidade. Parei em frente a catedral, que procura imitar a da cidade de Colônia. É enorme, imponente por fora e bem simples em seu interior. Andei pelo centro da cidade, nas ruas do comércio popular, até o teatro José de Alencar. Como em todos os centros da cidade, muita muvuca. Voltei a Casa do Turista, onde tínhamos estado no dia anterior, e fui para o mercado central, tido como o maior centro de artesanato do Brasil. Tem ali em torno de 600 lojas, praticando um comércio de autofagia. Não existe uma tabela de preços. Estes estão sujeitos às pechinchas e a competição que achei até desleal. Almocei ali mesmo. Pratos típicos da cozinha do Ceará, nos quais eu não me aventurei.
No Mercado central.
Ainda no Centro Comercial de Fortaleza. O maior centro de artesanato do Brasil.No rumo do encontro com a virgem dos lábios de mel.
Seguiríamos sempre margeando o litoral. Me lembro das cidades de Acaraú (65.000 h.), Iracema (15.000 h.), Trairi (60.000 h.), Paraipaba (35.000 h.), São Gonçalo do Amarante (50.000 h.), já na região metropolitana de Fortaleza e Caucaia (362.000 h). Pronto, já estávamos em Fortaleza. O guia era bom de informações. Ao longo do caminho apenas uma parada para o almoço. O ônibus foi largando o pessoal em seus hotéis, todos concentrados ao longo da avenida Beira- Mar.
Uma bela vista da cidade de Fortaleza.
Chegamos já ao final da tarde. Com um mapinha na mão fiz um desenho mental do local em que eu estava hospedado. No Hotel Bristol - Jangada, na avenida da Abolição. Estava a 50 metros da famosa feirinha, próxima à praia do Meirelles. Na manhã seguinte eu teria um city tour para fazer e mais um passeio a praia de Cumbuco. Como ainda estava com o problema da gota, optei por descanso imediato, após uma sopa de carne e legumes no restaurante do hotel. Isso em meio aos pratos de muitos frutos do mar e peixes. O estoicismo sempre fez parte da minha vida.
A majestosa catedral da cidade de Fortaleza.
O city tour foi muito bom. Deu para ter uma boa noção da cidade. A feirinha, o mercado do peixe, o porto de Mucuripe, a praia do Futuro, a nova região dos ricos, o palácio do governo, a região central da cidade, vista da catedral e do mercado central e a casa do turista. Nesta nós fizemos uma parada de uma hora. Muitas lojas com artesanato, toalhas, lençóis e todo o tipo de lembrancinhas. Depois seguimos para a praia de Cumbuco, distante de Fortaleza uns 30 quilômetros. Creio ser um passeio absolutamente dispensável. Não gosto deste tipo de turismo feito no nordeste, em que te largam por horas e horas em uma barraca de praia, oferecendo outros passeios e preços de refeições caríssimas. O contrato da empresa com a barraca é de um mínimo de cinco horas. O jogo entre Portugal e Espanha ajudou a passar o tempo.
José de Alencar, onipresente em Fortaleza. O teatro com o seu nome.
O guia turístico foi um show à parte. Ele mesmo dizia que tinha que fazer jus à fama de Fortaleza, como a terra dos humoristas. Ele contou a história do Ceará a partir do romance Iracema, de José de Alencar. Fez várias declamações de cor, especialmente, a famosa declaração de amor para Iracema, a bela índia, virgem dos lábios cor de mel. Recomendou shows de humor e falou de várias programações artísticas em cartaz, bem como das principais atrações da cidade, como o Centro Cultural Dragão do Mar e contando a história dos jangadeiros que se recusaram a transportar os escravos. Assim eles foram libertados, antes mesmo da data da abolição.
Francisco José do Nascimento, o Chico da Matilde. O jangadeiro abolicionista.
No dia seguinte, de táxi, fui ao centro da cidade. Parei em frente a catedral, que procura imitar a da cidade de Colônia. É enorme, imponente por fora e bem simples em seu interior. Andei pelo centro da cidade, nas ruas do comércio popular, até o teatro José de Alencar. Como em todos os centros da cidade, muita muvuca. Voltei a Casa do Turista, onde tínhamos estado no dia anterior, e fui para o mercado central, tido como o maior centro de artesanato do Brasil. Tem ali em torno de 600 lojas, praticando um comércio de autofagia. Não existe uma tabela de preços. Estes estão sujeitos às pechinchas e a competição que achei até desleal. Almocei ali mesmo. Pratos típicos da cozinha do Ceará, nos quais eu não me aventurei.
No Mercado central.
Fui ainda até o Centro Cultural Dragão do Mar, passando pelo prédio da secretaria da fazenda, um belo prédio histórico. O quartel do exército, em frente ao mercado central, representa o marco zero da cidade. O Centro Cultural é um espaço permanente de eventos culturais, com salas de cinema e de teatro, cafés e espaços para eventos e exposições. O Centro tem este nome em homenagem ao jangadeiro Francisco José do Nascimento, o Chico da Matilde, que recebeu o cognome de Dragão do Mar, por seu envolvimento e liderança no movimento abolicionista do Ceará, onde a escravidão foi abolida no ano de 1884. Já a partir de 1881 os jangadeiros se insubordinaram, recusando-se ao transporte dos escravos para a sua comercialização. É um dos maiores centros culturais do país.
O belo prédio da Secretaria da Fazenda.
Ainda passei o dia de domingo inteiro na cidade, pois o meu voo partiria apenas as 23h30, rumo a Recife, São Paulo e Curitiba. Uma verdadeira odisseia. Deixei o hotel as 14h00 depois do jogo da Alemanha e fui para a feirinha da Beira-Mar para ver o jogo do Brasil. Antes ainda, fui até a Praia de Iracema, para então me acomodar e ver o jogo do Brasil. Subestimei esta tarefa, não encontrando mais lugar para tal, e nem mesmo para almoçar. No intervalo me movimentei e fui para o lado interno da avenida, onde consegui fácil acomodação. Os preços explicam o vazio destes espaços. Não são mesmo caros, mas em comparação aos praticados na praia, sim. As cervejas como a Original, Serramalte e semelhantes são ali vendidas a R$ 10,00. As condições de higiene à beira-mar são um tanto precárias.
Minha última imagem de Fortaleza. Do imaginário, a construção da Fortitudine.
Fortaleza (Fortitudine) tem hoje mais de 2.600.000 habitantes, sendo a quinta maior cidade brasileira e mais de 4.000.000 na região metropolitana. É a área mais densamente povoada do Brasil. Já o Ceará (o cantar da jandaia) tem população superior a 9.000.000 de habitantes, sendo as maiores cidades, além de Fortaleza, as de Caucaia (360.000), Juazeiro do Norte (270.000), Maracanaú (225.000), Sobral (205.000), Crato (130.000), Itapipoca (130.000) Maranguape (125.000) e Iguatu (100.000). As suas riquezas procedem da agropecuária, da industrialização, beneficiada pela concessão de isenções fiscais a partir dos anos 1980, do grande centro de distribuição que é a cidade de Fortaleza e de seu porto, o de Mucuripe, além da crescente atividade do turismo.
Fortaleza em sua imagem poética é denominada de "loira desposada pelo sol". É de se apaixonar. Também é famosa por seus humoristas. Existem muitos jantares, somados a shows de humor. O Ceará tem também a sua gente ilustre. José de Alencar e Rachel de Queiroz na literatura, Patativa do Assaré e Belchior na música, além de Dom Hélder Câmara, um dos meus santos e fonte de inspiração.
Gosto de ler suas narrativas de viagem. Belo roteiro! Abr. Helene
ResponderExcluirBom dia Helene. E eu gosto de compartilhar as minhas viagens, os livros que leio e de expressar a minha visão de mundo. Agradeço o seu comentário.
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