Existem excelentes manuais de filosofia para o ensino médio. Um deles é Ética e cidadania - Caminhos da filosofia. A autoria é de Sílvio Gallo, junto com um grupo de professores que discutem sobre o ensino de filosofia. O livro é da Papirus Editora. Como bem mostra o título do livro, todo o foco se volta para a formação de um comportamento ético e para a construção da cidadania.
Um belo manual. Veja a edição. 20ª. Eu usei a 4ª.
Um belo manual. Veja a edição. 20ª. Eu usei a 4ª.
Vou apresentar aqui a unidade 10, mas chamo a atenção também para a unidade 9, que versa sobre a estética como arte e (a) vida cotidiana, ou simplesmente, a arte de viver. Mas a unidade 10, sob o nome de estética de si, tem um dos subtítulos que é extraordinário: A ética como uma estética da existência, isto é, creio que dá para afirmar, tratar da vida como beleza, como uma obra de arte, a bildung grega. Mas vamos ao texto.
"Na Antiguidade Clássica, os gregos usavam uma bela imagem para dizer o ser humano: cada um de nós é semelhante a um pequeno barco que deve atravessar um oceano. Devemos realizar nossa travessia no tempo. Somos seres temporais: nascemos e vamos morrer. A consciência da morte nos remete a nossa condição temporal. A vida se constitui nesse movimento incessante que nos atravessa desde o nascimento e continuará após nossa morte. Assim, a morte deve ser vista como um acontecimento a mais nesse movimento que é a vida.
Como vimos no capítulo sobre ética, é o desejo que nos coloca nesse movimento da vida, pois nos leva a mirar as possibilidades de ação. Agimos no mundo movidos pelos desejos. Nossas atividades, racionais e físicas, estão sustentadas pelo desejo de nos tornarmos seres humanos. Apropriar-nos do leme de nossas vidas e realizar a travessia é realizar uma ética fundada na estética: fazer da própria vida uma obra de arte.
A nós compete a tarefa artística de instaurar na vida a beleza. Para fazer da vida uma obra de arte, é necessário assumir a mesma posição do artista: ser criador. Mas as condições existentes em nossa sociedade se impõem como adversas à criatividade.
Vivemos como se tudo estivesse pronto e a nós competisse apenas consumir. As condições de trabalho na sociedade capitalista são de exploração de nossas capacidades físicas e intelectuais. A transformação do trabalho em mercadoria obrigou-nos a vender nossas forças físicas por um preço chamado salário. Nossa sobrevivência está condicionada a um emprego no mercado produtivo.
As condições temporais são adversas para a travessia do barco. No oceano da vida, tempestades são constantes. A natureza nos ameaça com forças de destruição. Nosso frágil corpo é ameaçado por forças incontroláveis. Vez ou outra, as catástrofes ocupam as manchetes dos jornais e da televisão, informando-nos os números de mortos. A miséria cresce assustadoramente em nossas cidades e em nossos campos. Esta vida é trágica. Como realizar a travessia? A consciência da morte nos impõe a tarefa de criar as condições possíveis de vida. Nosso desejo de viver é guiado pela possibilidade de alcançar a felicidade. Não queremos apenas sobreviver como os demais animais. Queremos ser felizes. Mas o que fazer para conquistar a felicidade?
A ética como uma estética da existência:
Uma ação ética fundada na produção da beleza não pode simplesmente deixar de lado essas condições adversas. Mas também não pode e não deve sucumbir a elas. Trata-se de encarar a vida como uma matéria prima na qual vamos imprimindo formas, esculpindo os contornos, tal como o escultor Michelangelo em sua pedra de mármore. A vida é nosso mármore, devemos esculpi-lo, criar um estilo, uma forma de viver, um jeito de ser feliz e, assim, afirmar a beleza. Dar forma à vida é a tarefa ética que nos compete como seres humanos. Nisso exercemos nossa condição de liberdade. Somos livres para fazer de nossas vidas uma obra de arte. Instaurar a beleza com todas as suas múltiplas formas.
Nietzsche, como vimos, apresentou a possibilidade de vivermos como artistas. Foi ele quem aproximou a ética da estética e, assim, criou uma reflexão radical sobre a moral dominante. A moral é o sistema de valores que sustentam a vida humana, e normalmente esses valore são apresentados como universais, isto é, sempre existiram e sempre existirão, sendo válidos em qualquer época e lugar.
Nietzsche suspeitou que os conceitos de bem e mal possuíam uma raiz histórica e dedicou-se a escavar os solos de onde emergiam tais conceitos. Argumentou que a moral é imposta por aqueles que possuem o poder de afirmação do bem e do mal. Aquele que diz o que é o bem exerce seu poder sobre os que são incapazes de tal afirmação. Desse argumento, o filósofo estabeleceu a distinção entre a moral dos fortes (os senhores) e a moral dos fracos (os escravos). Os fortes determinam o bem, excluindo tudo o que representa o mal. Separar o bem do mal é a tarefa dos senhores sobre os escravos. Ao fazer tal separação, os senhores determinam sua vontade como o bem. Os escravos são obrigados a aceitar a vontade dos senhores acreditando estar fazendo o bem. O escravo acredita agir bem quanto mais cumpre a vontade de seu amo e senhor.
Poder-se-ia argumentar que não vivemos numa sociedade escravocrata e que, portanto, tais argumentos não se aplicam. Mas será que a relação de escravidão se constitui apenas nas relações econômicas? Não haveria nessa relação apontada por Nietzsche uma crítica radical da civilização moderna? Parece-nos que o filósofo faz um diagnóstico preciso de seu tempo (final do século XIX) e com base em seus argumentos podemos pensar o tempo que é nosso (final do século XX).
Ensaios sobre as origens da moral cristã. Na verdade três ensaios.
A moral dos fracos é identificada na sua capacidade de formar a consciência de rebanho. Como rebanho obediente, os escravos são destituídos do poder de criar. A vida se apresenta para os fracos, os não criativos, como um fardo pesado, um sacrifício, uma pena. Condenados pelo bem do senhor, os escravos vivem ressentidos com a vida. Arrastam-se pela vida como condenados à pena final: a morte. Esta por sua vez é aceita como libertação, como redenção, como promessa de vida eterna.
Os fracos esperam uma felicidade que virá do além-túmulo. Esperam um reino eterno, onde não mais sofrerão, não terão de comer o pão com o suor de seus rostos. A promessa de uma vida eterna sem sofrimentos leva os fracos a aceitar seus sofrimentos como purificação. O rebanho obedece porque acredita que será feliz depois da morte, no paraíso eterno.
Para retomar a metáfora grega do barco, é necessário acompanharmos o pensamento de Nietzsche. Como os escravos podem sair dessa condição de submissão à vontade do senhor e exercer a liberdade? Ora, afastando-se do bem do senhor, buscando seu próprio bem. Esse processo de ruptura com a consciência de rebanho só é possível pela apropriação da vida como matéria-prima. Ou seja, somente os fortes são capazes de criar seu próprio bem. Não se afastando do sofrimento, mas, sim, assumindo-o como condição para o atravessamento. Contra a dor do viver não há remédio. Trata-se de assumir essa condição e criar. É no exercício da liberdade, no ato criativo, que os humanos poderão transformar a vida numa obra de arte.
Não se trata de um afastamento da vida, como faz o rebanho, mas de uma apropriação. Ser proprietário de seu corpo, cultivá-lo pelos exercícios da liberdade. Instaurar a beleza pela pulsação do desejo. O que quer o corpo? Prazer. mas esse prazer desejado não poderá ser obtido pela negação da dor e, sim, pelo seu enfrentamento. O corpo está submisso às condições temporais, como tudo na natureza. As contingências o atravessam de ponta a ponta. Comer, beber, acasalar, são as pulsões primárias do corpo. Amar, sonhar, desejar ser feliz são possíveis desde que essas condições elementares estejam satisfeitas.
O estilo e a singularidade de cada um.
Dar forma à vida é criar um estilo. A origem etimológica da palavra estilo atesta essa dimensão artística que estamos querendo imprimir à ética. No latim, o termo stilu designa um instrumento com ponteira de osso, de chifre, de madeira ou de metal, usado para escrever sobre a camada de cera das tábuas, e com uma extremidade em forma de espátula para anular os erros gráficos.Daqui podemos inferir a relação entre estilo e estilete, instrumento cortante que possibilita a inscrição da força.
O estilo é, então, um compromisso entre as duas práticas possíveis: o uso da ponta para escrever e o uso da espátula para apagar. Um instrumento que nos possibilita escrever nossos desejos sobre a tábua áspera do mundo e também esquecer os erros e seguir adiante nessa travessia temporal. Nietzsche dizia que só o esquecimento pode nos aproximar da felicidade. Esquecer é aqui entendido como a capacidade de abandonar os ressentimentos e projetar-se em direção ao desconhecido, criando o futuro com as próprias mãos.
Para transformar a vida em obra de arte é necessário agir como o artista: apoderar-se do estilo e inscrever seu desejo na matéria do mundo. Neste ponto, podemos identificar o sentido da palavra estilo, tal como é utilizada nas artes plásticas: o conjunto de elementos capazes de imprimir graus de valor às criações artísticas pelo emprego de meios apropriados de expressão, tendo em vista uma produção estética.
Dois aspectos, para que possamos concluir. Trata-se de reconhecer, primeiro, o estilo como forma de impressão de valores e, segundo, a capacidade de utilização dos meios apropriados para instaurar a beleza. Conceber a ética no plano da estética significa romper com os modelos padronizados de ação e criar valores que sejam capazes de sustentar a vida com graça e leveza. Esculpir formas de beleza na vida. Revestir a vida de beleza, enfeitá-la sem ofuscar sua dramaticidade.
Nietzsche defendia uma época trágica, em que a arte ocuparia o lugar da ciência e da religião: um tempo em que a humanidade teria atrás de si a consciência da mais dura, da mais necessária das guerras, sem sofrer com isso. Para conduzir o barco da vida, é preciso coragem e determinação. Aventurar-se por este imenso mundo exige um gesto de heroísmo, pois viver não é uma tarefa fácil.
Fernando Pessoa, o grande poeta da língua portuguesa, escreveu: "Navegar é preciso, viver não é preciso". Não há precisão nesta vida. Nada é certo, tudo é incerto. Então, navegar é preciso. Se as contingências desta vida se impõem como limite de nossas vontades, então, é preciso navegar. Se a vida deveria ser bem melhor do que é, então, é preciso navegar. fazer da vida uma obra de arte é nossa direção. Alçar âncoras e navegar é a exigência ética fundamental. GALLO, Sílvio. (coord.) Ética e cidadania. Caminhos da filosofia. Campinas. Papirus. 1999. 4ª edição.
Categorias básicas para entender Nietzsche:
Nihilismo: A partir da morte de Deus sobrou um grande vazio na cultura ocidental. Existem dois tipos de nihilismo: um passivo representado pelo homem indiferente e alheio a tudo e o ativo, aquele que emerge deste estado de letargia pela Vontade de poder.
Vontade de poder: O homem que tendo emergido do nihilismo fez a transmutação de todos os valores, invertendo-os. Que vive o Sin der Erde, o sentido da terra, o dionisíaco, fora dos padrões da moral cristã, uma moral de ressentimento com a vida e contra a vida. Este homem será um super-homem, der übermensch.
Super-homem: O homem que emergiu da Vontade de poder, que está além da cultura ocidental e do vazio nihilista.
O Eterno Retorno: Este homem, ou super-homem deseja o Eterno Retorno, isto é viver sempre
A ética como uma estética da existência:
Uma ação ética fundada na produção da beleza não pode simplesmente deixar de lado essas condições adversas. Mas também não pode e não deve sucumbir a elas. Trata-se de encarar a vida como uma matéria prima na qual vamos imprimindo formas, esculpindo os contornos, tal como o escultor Michelangelo em sua pedra de mármore. A vida é nosso mármore, devemos esculpi-lo, criar um estilo, uma forma de viver, um jeito de ser feliz e, assim, afirmar a beleza. Dar forma à vida é a tarefa ética que nos compete como seres humanos. Nisso exercemos nossa condição de liberdade. Somos livres para fazer de nossas vidas uma obra de arte. Instaurar a beleza com todas as suas múltiplas formas.
Nietzsche, como vimos, apresentou a possibilidade de vivermos como artistas. Foi ele quem aproximou a ética da estética e, assim, criou uma reflexão radical sobre a moral dominante. A moral é o sistema de valores que sustentam a vida humana, e normalmente esses valore são apresentados como universais, isto é, sempre existiram e sempre existirão, sendo válidos em qualquer época e lugar.
Nietzsche suspeitou que os conceitos de bem e mal possuíam uma raiz histórica e dedicou-se a escavar os solos de onde emergiam tais conceitos. Argumentou que a moral é imposta por aqueles que possuem o poder de afirmação do bem e do mal. Aquele que diz o que é o bem exerce seu poder sobre os que são incapazes de tal afirmação. Desse argumento, o filósofo estabeleceu a distinção entre a moral dos fortes (os senhores) e a moral dos fracos (os escravos). Os fortes determinam o bem, excluindo tudo o que representa o mal. Separar o bem do mal é a tarefa dos senhores sobre os escravos. Ao fazer tal separação, os senhores determinam sua vontade como o bem. Os escravos são obrigados a aceitar a vontade dos senhores acreditando estar fazendo o bem. O escravo acredita agir bem quanto mais cumpre a vontade de seu amo e senhor.
Poder-se-ia argumentar que não vivemos numa sociedade escravocrata e que, portanto, tais argumentos não se aplicam. Mas será que a relação de escravidão se constitui apenas nas relações econômicas? Não haveria nessa relação apontada por Nietzsche uma crítica radical da civilização moderna? Parece-nos que o filósofo faz um diagnóstico preciso de seu tempo (final do século XIX) e com base em seus argumentos podemos pensar o tempo que é nosso (final do século XX).
Ensaios sobre as origens da moral cristã. Na verdade três ensaios.
A moral dos fracos é identificada na sua capacidade de formar a consciência de rebanho. Como rebanho obediente, os escravos são destituídos do poder de criar. A vida se apresenta para os fracos, os não criativos, como um fardo pesado, um sacrifício, uma pena. Condenados pelo bem do senhor, os escravos vivem ressentidos com a vida. Arrastam-se pela vida como condenados à pena final: a morte. Esta por sua vez é aceita como libertação, como redenção, como promessa de vida eterna.
Os fracos esperam uma felicidade que virá do além-túmulo. Esperam um reino eterno, onde não mais sofrerão, não terão de comer o pão com o suor de seus rostos. A promessa de uma vida eterna sem sofrimentos leva os fracos a aceitar seus sofrimentos como purificação. O rebanho obedece porque acredita que será feliz depois da morte, no paraíso eterno.
Para retomar a metáfora grega do barco, é necessário acompanharmos o pensamento de Nietzsche. Como os escravos podem sair dessa condição de submissão à vontade do senhor e exercer a liberdade? Ora, afastando-se do bem do senhor, buscando seu próprio bem. Esse processo de ruptura com a consciência de rebanho só é possível pela apropriação da vida como matéria-prima. Ou seja, somente os fortes são capazes de criar seu próprio bem. Não se afastando do sofrimento, mas, sim, assumindo-o como condição para o atravessamento. Contra a dor do viver não há remédio. Trata-se de assumir essa condição e criar. É no exercício da liberdade, no ato criativo, que os humanos poderão transformar a vida numa obra de arte.
Não se trata de um afastamento da vida, como faz o rebanho, mas de uma apropriação. Ser proprietário de seu corpo, cultivá-lo pelos exercícios da liberdade. Instaurar a beleza pela pulsação do desejo. O que quer o corpo? Prazer. mas esse prazer desejado não poderá ser obtido pela negação da dor e, sim, pelo seu enfrentamento. O corpo está submisso às condições temporais, como tudo na natureza. As contingências o atravessam de ponta a ponta. Comer, beber, acasalar, são as pulsões primárias do corpo. Amar, sonhar, desejar ser feliz são possíveis desde que essas condições elementares estejam satisfeitas.
O estilo e a singularidade de cada um.
Dar forma à vida é criar um estilo. A origem etimológica da palavra estilo atesta essa dimensão artística que estamos querendo imprimir à ética. No latim, o termo stilu designa um instrumento com ponteira de osso, de chifre, de madeira ou de metal, usado para escrever sobre a camada de cera das tábuas, e com uma extremidade em forma de espátula para anular os erros gráficos.Daqui podemos inferir a relação entre estilo e estilete, instrumento cortante que possibilita a inscrição da força.
O estilo é, então, um compromisso entre as duas práticas possíveis: o uso da ponta para escrever e o uso da espátula para apagar. Um instrumento que nos possibilita escrever nossos desejos sobre a tábua áspera do mundo e também esquecer os erros e seguir adiante nessa travessia temporal. Nietzsche dizia que só o esquecimento pode nos aproximar da felicidade. Esquecer é aqui entendido como a capacidade de abandonar os ressentimentos e projetar-se em direção ao desconhecido, criando o futuro com as próprias mãos.
Para transformar a vida em obra de arte é necessário agir como o artista: apoderar-se do estilo e inscrever seu desejo na matéria do mundo. Neste ponto, podemos identificar o sentido da palavra estilo, tal como é utilizada nas artes plásticas: o conjunto de elementos capazes de imprimir graus de valor às criações artísticas pelo emprego de meios apropriados de expressão, tendo em vista uma produção estética.
Dois aspectos, para que possamos concluir. Trata-se de reconhecer, primeiro, o estilo como forma de impressão de valores e, segundo, a capacidade de utilização dos meios apropriados para instaurar a beleza. Conceber a ética no plano da estética significa romper com os modelos padronizados de ação e criar valores que sejam capazes de sustentar a vida com graça e leveza. Esculpir formas de beleza na vida. Revestir a vida de beleza, enfeitá-la sem ofuscar sua dramaticidade.
Nietzsche defendia uma época trágica, em que a arte ocuparia o lugar da ciência e da religião: um tempo em que a humanidade teria atrás de si a consciência da mais dura, da mais necessária das guerras, sem sofrer com isso. Para conduzir o barco da vida, é preciso coragem e determinação. Aventurar-se por este imenso mundo exige um gesto de heroísmo, pois viver não é uma tarefa fácil.
Fernando Pessoa, o grande poeta da língua portuguesa, escreveu: "Navegar é preciso, viver não é preciso". Não há precisão nesta vida. Nada é certo, tudo é incerto. Então, navegar é preciso. Se as contingências desta vida se impõem como limite de nossas vontades, então, é preciso navegar. Se a vida deveria ser bem melhor do que é, então, é preciso navegar. fazer da vida uma obra de arte é nossa direção. Alçar âncoras e navegar é a exigência ética fundamental. GALLO, Sílvio. (coord.) Ética e cidadania. Caminhos da filosofia. Campinas. Papirus. 1999. 4ª edição.
Categorias básicas para entender Nietzsche:
Nihilismo: A partir da morte de Deus sobrou um grande vazio na cultura ocidental. Existem dois tipos de nihilismo: um passivo representado pelo homem indiferente e alheio a tudo e o ativo, aquele que emerge deste estado de letargia pela Vontade de poder.
Vontade de poder: O homem que tendo emergido do nihilismo fez a transmutação de todos os valores, invertendo-os. Que vive o Sin der Erde, o sentido da terra, o dionisíaco, fora dos padrões da moral cristã, uma moral de ressentimento com a vida e contra a vida. Este homem será um super-homem, der übermensch.
Super-homem: O homem que emergiu da Vontade de poder, que está além da cultura ocidental e do vazio nihilista.
O Eterno Retorno: Este homem, ou super-homem deseja o Eterno Retorno, isto é viver sempre
Muito bom, muito últi para uma boa compreensão dos textos de Nietzsche.
ResponderExcluirMuito obrigado Victor pelo seu comentário. Texto excelente e de fácil compreensão que procurei selecionar.
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