Tendo milhas por vencer, por sempre ter ouvido falar muito bem de João Pessoa e, por ainda não conhecê-la, foram fatores decisivos por optar por este destino. E que acerto. João Pessoa é belíssima, tem muita história e um centro histórico bem conservado. Optei por hospedagem no centro, junto ao Parque da Lagoa, mas recomendaria hoje a orla, nos arredores do hotel Tambaú, em virtude da locomoção. Facilita os passeios. O receptivo da Luck foi o que se dispôs a incluir o hotel da região central em seus roteiros. A Central dos receptivos havia me recusado, indicando apenas a busca nos hotéis da região costeira.
No centro histórico, o complexo cultural São Francisco. Uma preciosidade.
No centro histórico, o complexo cultural São Francisco. Uma preciosidade.
A viagem a João Pessoa é absurdamente cara. Minhas milhas não davam nem para pensar. Em compensação Recife estava muito acessível. Como a distância entre Recife e João Pessoa é pequena, é a menor distância brasileira entre as capitais, optei pelo ônibus. Foi possível mas difícil. Tem opção de metrô e de ônibus (TI -TIP 370) entre o aeroporto e a rodoviária, um mundão de distância. Outra opção seriam os próprios passeios entre as cidades. Só não o usei por falta de coincidência nos dias dos passeios. Você conhece a cidade e já fica nela. O trânsito do Recife é horroroso. A viagem entre as capitais é tranquila (120 Km. pela BR 101), passando pelas históricas cidades pernambucanas de Paulista, Abreu e Lima, Igarassu e Goiana. Além de históricas, estas cidades abrigam um novo polo de desenvolvimento.
Na parte baixa da cidade. O primeiro hotel de luxo e uma referência histórica a um dos nomes da cidade.
João Pessoa tem muita história. Ela está ligada ao rio Paraíba (rio de águas rasas - de difícil navegação - porto ruim) e ao seu afluente Sanhauá (dente redondo). Às suas margens é que começou a cidade. As falésias impediam um porto marítimo, por isso a penetração pelo rio. Posteriormente é que haverá a expansão para o litoral. A fundação data de 1585, mas houve expedições anteriores. O nome da cidade foi mudando, de acordo com os seus movimentos históricos.
A catedral da cidade em homenagem à Nossa Senhora das Neves.
Primeiramente se chamou de Nossa Senhora das Neves. Esta denominação é a da santa do dia da fundação (5 de agosto), Nossa Senhora das Neves e não, obviamente, por presença de neve na cidade. Em função da união da coroa portuguesa com a espanhola(1580-1640) e numa homenagem a Felipe II, a denominação passou a ser a de Filipeia de Nossa Senhora das Neves. Com a dominação holandesa passou a ser a cidade de Frederica e após a sua expulsão a nova designação passou a ser cidade da Parahiba. A mudança de nome que ela recebeu e que persiste até hoje ocorreu em 1930, João Pessoa. Ele era o presidente da Província, que morrera assassinado no Recife. Eram os tempos da Aliança Liberal entre os estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e a Paraíba. Esta aliança também é a responsável pelo NEGO (negação de apoio a Júlio Prestes - São Paulo) e as cores preta e vermelha (luto e sangue de João Pessoa) na bandeira do estado.
Homenagens a João Pessoa estão espalhadas por toda a cidade.
A partir de João Pessoa, seguindo os rastros de Areia, Campina Grande, Cariri e Souza, se chegou ao interior. A grande riqueza sempre foi a da cana de açúcar, a agricultura, a pecuária e a pesca e, mais tarde, a indústria de alimentos, têxteis e a coureiro calçadista alavancaram a ocupação. Hoje o comércio e o turismo, este em grande expansão, ganham cada dia maior importância. Em torno de duas cidades gira mais da metade de sua riqueza. João Pessoa e Campina Grande. A população de João Pessoa gira em torno de 800.000 habitantes e a do estado ultrapassa os 4 milhões.
A beleza da orla contribui imensamente com a expansão do turismo.
O centro histórico está relativamente bem conservado. Ela é dividida entre a parte baixa da cidade, onde se concentra toda a atividade comercial e a parte alta onde estão as atividades administrativas e religiosas. A cidade se erigiu sob a forma de um cruzeiro. Os padres franciscanos se estabeleceram na parte da cabeça da cruz, os jesuítas na parte dos pés e os carmelitas e beneditinos na extremidade dos braços. Os prédios são bem conservados e considerados Patrimônio Nacional. O mais bonito é o Centro Cultural São Francisco e o mais importante é a parte dos jesuítas. Ali estão os Palácios do Governo, da Justiça e o do Legislativo, além da Faculdade de Direito. A expansão para a orla litorânea somente se deu a partir do saneamento do parque da Lagoa, um lugar muito agradável. Na parte litorânea está concentrada toda a atividade de turismo, a partir do hotel Tambaú.
O ponto mais oriental do Brasil. Farol de Cabo Branco. O mar está engolindo a terra.
Nas proximidades do Farol do Cabo Branco, onde se situa o ponto brasileiro do extremo leste, a parte mais oriental, moram os novos e velhos ricos da cidade. Ou, a gosto dos corretores de imóveis, o metro quadrado mais caro da cidade. No bairro chamado Altiplano. Nas proximidades do hotel Tambaú estão concentrados os mercados de artesanato e os centros de gastronomia. Nesta parte o sol foi preservado por leis urbanas.
O marco do extremo oriente brasileiro.
As principais cidades são as de João Pessoa, a Jampa, com 800 mil habitantes, seguida, pela ordem, por Campina Grande (410.000), Santa Rita (140.000), Patos (110.000), Baieux (100.000), Souza e Cabedelo (70.000), Cajazeiras, Guarabira e Sapé (em torno de 60.000). João Pessoa se orgulha muito do seu verde e de sua qualidade de vida. Em outro post eu publico sobre um city tour e sobre o por do sol, ao som do bolero de Ravel na Praia do Jacaré, onde não tem praia, nem jacaré.
Na parte baixa da cidade. O primeiro hotel de luxo e uma referência histórica a um dos nomes da cidade.
João Pessoa tem muita história. Ela está ligada ao rio Paraíba (rio de águas rasas - de difícil navegação - porto ruim) e ao seu afluente Sanhauá (dente redondo). Às suas margens é que começou a cidade. As falésias impediam um porto marítimo, por isso a penetração pelo rio. Posteriormente é que haverá a expansão para o litoral. A fundação data de 1585, mas houve expedições anteriores. O nome da cidade foi mudando, de acordo com os seus movimentos históricos.
A catedral da cidade em homenagem à Nossa Senhora das Neves.
Primeiramente se chamou de Nossa Senhora das Neves. Esta denominação é a da santa do dia da fundação (5 de agosto), Nossa Senhora das Neves e não, obviamente, por presença de neve na cidade. Em função da união da coroa portuguesa com a espanhola(1580-1640) e numa homenagem a Felipe II, a denominação passou a ser a de Filipeia de Nossa Senhora das Neves. Com a dominação holandesa passou a ser a cidade de Frederica e após a sua expulsão a nova designação passou a ser cidade da Parahiba. A mudança de nome que ela recebeu e que persiste até hoje ocorreu em 1930, João Pessoa. Ele era o presidente da Província, que morrera assassinado no Recife. Eram os tempos da Aliança Liberal entre os estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e a Paraíba. Esta aliança também é a responsável pelo NEGO (negação de apoio a Júlio Prestes - São Paulo) e as cores preta e vermelha (luto e sangue de João Pessoa) na bandeira do estado.
Homenagens a João Pessoa estão espalhadas por toda a cidade.
A partir de João Pessoa, seguindo os rastros de Areia, Campina Grande, Cariri e Souza, se chegou ao interior. A grande riqueza sempre foi a da cana de açúcar, a agricultura, a pecuária e a pesca e, mais tarde, a indústria de alimentos, têxteis e a coureiro calçadista alavancaram a ocupação. Hoje o comércio e o turismo, este em grande expansão, ganham cada dia maior importância. Em torno de duas cidades gira mais da metade de sua riqueza. João Pessoa e Campina Grande. A população de João Pessoa gira em torno de 800.000 habitantes e a do estado ultrapassa os 4 milhões.
A beleza da orla contribui imensamente com a expansão do turismo.
O centro histórico está relativamente bem conservado. Ela é dividida entre a parte baixa da cidade, onde se concentra toda a atividade comercial e a parte alta onde estão as atividades administrativas e religiosas. A cidade se erigiu sob a forma de um cruzeiro. Os padres franciscanos se estabeleceram na parte da cabeça da cruz, os jesuítas na parte dos pés e os carmelitas e beneditinos na extremidade dos braços. Os prédios são bem conservados e considerados Patrimônio Nacional. O mais bonito é o Centro Cultural São Francisco e o mais importante é a parte dos jesuítas. Ali estão os Palácios do Governo, da Justiça e o do Legislativo, além da Faculdade de Direito. A expansão para a orla litorânea somente se deu a partir do saneamento do parque da Lagoa, um lugar muito agradável. Na parte litorânea está concentrada toda a atividade de turismo, a partir do hotel Tambaú.
O ponto mais oriental do Brasil. Farol de Cabo Branco. O mar está engolindo a terra.
Nas proximidades do Farol do Cabo Branco, onde se situa o ponto brasileiro do extremo leste, a parte mais oriental, moram os novos e velhos ricos da cidade. Ou, a gosto dos corretores de imóveis, o metro quadrado mais caro da cidade. No bairro chamado Altiplano. Nas proximidades do hotel Tambaú estão concentrados os mercados de artesanato e os centros de gastronomia. Nesta parte o sol foi preservado por leis urbanas.
O marco do extremo oriente brasileiro.
As principais cidades são as de João Pessoa, a Jampa, com 800 mil habitantes, seguida, pela ordem, por Campina Grande (410.000), Santa Rita (140.000), Patos (110.000), Baieux (100.000), Souza e Cabedelo (70.000), Cajazeiras, Guarabira e Sapé (em torno de 60.000). João Pessoa se orgulha muito do seu verde e de sua qualidade de vida. Em outro post eu publico sobre um city tour e sobre o por do sol, ao som do bolero de Ravel na Praia do Jacaré, onde não tem praia, nem jacaré.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo comentário. Depois de moderado ele será liberado.