Depois de rápido almoço no Mercado Central, onde os preços são impraticáveis, ou seria a primeira impressão, embarcamos novamente na van e, a uma pequena distância, já nos encontrávamos num vilarejo chamado Pirque, na segunda maior vinícola do mundo, a Concha Y Toro. Mais de cem países recebem os seus vinhos. Esta vinícola foi fundada em 1883, quando Don Melchior Concha y Toro funda esta vinícola em sua casa de campo.
A Logo e a bela entrada. As mais antigas parreiras.
É exatamente nesta sua casa de campo que iniciamos a nossa visita. O lugar é esplendoroso. A casa tem em torno de quatro mil metros quadrados e em frente tem um jardim com mais de vinte hectares de terra, com um horto florestal com árvores do mundo inteiro. Os pinheiros são bem visíveis. O guia, um dos cerca de 4.300 funcionários da empresa, nos chamou a atenção para uma árvore que eu não conhecia. Trata-se de uma conífera que dá nome à floresta negra. O jardim também tem um belo lago. O marquês tinha, com certeza, muito bom gosto e, certamente, muito dinheiro.
A mansão e os jardins da casa de campo da família Concha y Toro. Aqui tudo começou.
O marquês trouxe não só as videiras das melhores cepas mas também pessoas ligadas à produção das uvas. Estes técnicos se impressionaram com a qualidade dos solos para a adaptação das videiras de Bordeaux ao solo chileno. O marquês visionário dera um tiro certeiro. O nosso tour, dos jardins passou para outro jardim, o das variedades. Cabernet Sauvignon, Sauvignon Blanc e Carmenere. E o guia vai falando de vinhos. E vem a primeira degustação. Um Marques de Casa Concha, Sauvignon Blanc. Fiz tudo certinho. Odor e sabor. Por que eu não aprendi estas coisas quando criança? Velho não aprende mais!
Os vinhos das três degustações. São pão duros. Doses com conta gotas.
Algumas peças mostram a evolução da produção dos vinhos, e logo depois entramos nos porões onde os vinhos descansam nos tonéis de carvalho. É ali que ocorreu a famosa história que acabou com o roubo dos bons vinhos do marquês. É a famosa história do Casillero del Diablo. Eu conto, tirando-a de um livro de turismo sobre Santiago. Depois de contar sobre a mundialmente famosa vinícola Concha y Toro, vem a história: "É possível fazer um tour guiado e ficar sabendo que o nome do produto mais famoso foi dado pelo dono e fundador da bodega, Dom Melchor, que costumava guardar alguns vinhos exclusivos para seu consumo pessoal dentro de uma adega secreta. Mas não raro, misteriosamente, algumas garrafas sumiam. Então ele decidiu difundir o rumor de que a caverna era visitada pelo diabo, que aparecia para assustar e frear os gatunos". É, tomando vinho fica mais fácil de inventar histórias.
Eu no lendário Casillero, no famoso porão. O diabo não apareceu.
É lógico que visitamos o porão onde o diabo aparecia. Depois de ouvir a história, foi a nossa segunda degustação. Desta vez seria um Marques de Casa Concha, Carmenere. Depois continuamos pelos porões dos vinhos mais nobres. Tonéis e mais tonéis cheios de um precioso líquido, do qual uma garrafa chega facilmente a duzentos e cinquenta e trezentos dólares. Tem que inventar história mesmo. Depois veio a degustação final, um Terrunyo, Cabernet Sauvignon. As doses não são nada generosas. Degustação apenas.
Uma palavra sobre a uva Carmenere. Ela é originária da região de Bordeaux, na França, e foi praticamente extinta nos anos 1860 em função de uma praga chamada filoxera. Foi substituída pela Merlot, mais resistente à praga. Esta uva foi redescoberta no Chile, em 1994, quando algumas videiras apareceram em meio às uvas Merlot. É hoje uma espécie de uva símbolo do Chile, embora tenha se propagado mundo afora novamente.
Verdadeiramente um jardim, um belo jardim
Com todo o cuidado do mundo eu trouxe uma garrafa do Marques de Casa Concha, Carmenere, um vinho comercializado no Brasil por algo em torno de R$120,00. Na garrafa tem duas anotações interessantes que eu apresento: "Este Carmenere Especial, fue creado en honor al titulo conferido por el Rey Felipe V de Espanha a la familia Concha y Toro em 1718. Vino de produción limitada que proviene de nuestros tradicionales viñedos de Peumo en el Valle de Rapel. Este Carmenere expressa la tradición de Concha y Toro en el arte de hacer vino".
O precioso líquido. Uma fortuna. Tem que inventar história mesmo.
E..."Este Carmenere proviene de nuestros tradicionales viñedos de Peumo en el Valle de Rapel, ubicados en las antigas terrazas de la ribera norte del rio Cachapoal. Vino de producción limitada guardado en barricas de roble francés durante dieciséis meses. Sus aromas intensos y elegantes a fruta negra madura, especies y pimienta negra evocan el distintivo terroir de Peumo. La barrica aporta exquisitas notas a chocolate y vainilla. Un vino voluptuoso, de taninos dulces y redondos con un final largo y elegante".
Estes eu consegui trazer, o vinho e a taça. O Marques da Casa Concha será para uma ocasião muito especial.
O nosso tour acabou na loja da vinícola. Enquanto eu me decidia pela compra de uma única garrafa, um outro turista leva uma dúzia de garrafas de Almaviva, o vinho top da vinícola, cuja garrafa é comercializada, como verifiquei, por algo em torno de R$ 900,00.
Ainda quero acrescentar que os nossos tours pelas vinícolas da serra gaúcha e, em especial, os do Vale dos Vinhedos nada devem ao tour da Concha y Toro. Só não tem o glamour de ser a segunda vinícola do mundo. Sim, ainda em tempo. Você ganha a taça da degustação de presente. Consegui trazer a minha, sem danificá-la.Conta-se ainda que as vinhas no Chile vieram junto Pedro de Valdívia. Tinha que ter vinho para a celebração religiosa, a missa.
A Logo e a bela entrada. As mais antigas parreiras.
É exatamente nesta sua casa de campo que iniciamos a nossa visita. O lugar é esplendoroso. A casa tem em torno de quatro mil metros quadrados e em frente tem um jardim com mais de vinte hectares de terra, com um horto florestal com árvores do mundo inteiro. Os pinheiros são bem visíveis. O guia, um dos cerca de 4.300 funcionários da empresa, nos chamou a atenção para uma árvore que eu não conhecia. Trata-se de uma conífera que dá nome à floresta negra. O jardim também tem um belo lago. O marquês tinha, com certeza, muito bom gosto e, certamente, muito dinheiro.
A mansão e os jardins da casa de campo da família Concha y Toro. Aqui tudo começou.
O marquês trouxe não só as videiras das melhores cepas mas também pessoas ligadas à produção das uvas. Estes técnicos se impressionaram com a qualidade dos solos para a adaptação das videiras de Bordeaux ao solo chileno. O marquês visionário dera um tiro certeiro. O nosso tour, dos jardins passou para outro jardim, o das variedades. Cabernet Sauvignon, Sauvignon Blanc e Carmenere. E o guia vai falando de vinhos. E vem a primeira degustação. Um Marques de Casa Concha, Sauvignon Blanc. Fiz tudo certinho. Odor e sabor. Por que eu não aprendi estas coisas quando criança? Velho não aprende mais!
Os vinhos das três degustações. São pão duros. Doses com conta gotas.
Algumas peças mostram a evolução da produção dos vinhos, e logo depois entramos nos porões onde os vinhos descansam nos tonéis de carvalho. É ali que ocorreu a famosa história que acabou com o roubo dos bons vinhos do marquês. É a famosa história do Casillero del Diablo. Eu conto, tirando-a de um livro de turismo sobre Santiago. Depois de contar sobre a mundialmente famosa vinícola Concha y Toro, vem a história: "É possível fazer um tour guiado e ficar sabendo que o nome do produto mais famoso foi dado pelo dono e fundador da bodega, Dom Melchor, que costumava guardar alguns vinhos exclusivos para seu consumo pessoal dentro de uma adega secreta. Mas não raro, misteriosamente, algumas garrafas sumiam. Então ele decidiu difundir o rumor de que a caverna era visitada pelo diabo, que aparecia para assustar e frear os gatunos". É, tomando vinho fica mais fácil de inventar histórias.
Eu no lendário Casillero, no famoso porão. O diabo não apareceu.
É lógico que visitamos o porão onde o diabo aparecia. Depois de ouvir a história, foi a nossa segunda degustação. Desta vez seria um Marques de Casa Concha, Carmenere. Depois continuamos pelos porões dos vinhos mais nobres. Tonéis e mais tonéis cheios de um precioso líquido, do qual uma garrafa chega facilmente a duzentos e cinquenta e trezentos dólares. Tem que inventar história mesmo. Depois veio a degustação final, um Terrunyo, Cabernet Sauvignon. As doses não são nada generosas. Degustação apenas.
Uma palavra sobre a uva Carmenere. Ela é originária da região de Bordeaux, na França, e foi praticamente extinta nos anos 1860 em função de uma praga chamada filoxera. Foi substituída pela Merlot, mais resistente à praga. Esta uva foi redescoberta no Chile, em 1994, quando algumas videiras apareceram em meio às uvas Merlot. É hoje uma espécie de uva símbolo do Chile, embora tenha se propagado mundo afora novamente.
Verdadeiramente um jardim, um belo jardim
Com todo o cuidado do mundo eu trouxe uma garrafa do Marques de Casa Concha, Carmenere, um vinho comercializado no Brasil por algo em torno de R$120,00. Na garrafa tem duas anotações interessantes que eu apresento: "Este Carmenere Especial, fue creado en honor al titulo conferido por el Rey Felipe V de Espanha a la familia Concha y Toro em 1718. Vino de produción limitada que proviene de nuestros tradicionales viñedos de Peumo en el Valle de Rapel. Este Carmenere expressa la tradición de Concha y Toro en el arte de hacer vino".
O precioso líquido. Uma fortuna. Tem que inventar história mesmo.
E..."Este Carmenere proviene de nuestros tradicionales viñedos de Peumo en el Valle de Rapel, ubicados en las antigas terrazas de la ribera norte del rio Cachapoal. Vino de producción limitada guardado en barricas de roble francés durante dieciséis meses. Sus aromas intensos y elegantes a fruta negra madura, especies y pimienta negra evocan el distintivo terroir de Peumo. La barrica aporta exquisitas notas a chocolate y vainilla. Un vino voluptuoso, de taninos dulces y redondos con un final largo y elegante".
Estes eu consegui trazer, o vinho e a taça. O Marques da Casa Concha será para uma ocasião muito especial.
O nosso tour acabou na loja da vinícola. Enquanto eu me decidia pela compra de uma única garrafa, um outro turista leva uma dúzia de garrafas de Almaviva, o vinho top da vinícola, cuja garrafa é comercializada, como verifiquei, por algo em torno de R$ 900,00.
Ainda quero acrescentar que os nossos tours pelas vinícolas da serra gaúcha e, em especial, os do Vale dos Vinhedos nada devem ao tour da Concha y Toro. Só não tem o glamour de ser a segunda vinícola do mundo. Sim, ainda em tempo. Você ganha a taça da degustação de presente. Consegui trazer a minha, sem danificá-la.Conta-se ainda que as vinhas no Chile vieram junto Pedro de Valdívia. Tinha que ter vinho para a celebração religiosa, a missa.
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