A experiência do blog me diz que é importante registrar. Fica para a memória. A farsa trágica do domingo, dia 17 de abril de 2017, não pode ser esquecida. O Parlamento brasileiro, pela sua Câmara dos Deputados, tentou aplicar um golpe. Pelo menos abriu o caminho para isso. E para tristeza geral, tudo comandado por um réu celerado.
Procuro acompanhar um pouco a atividade parlamentar dos deputados. Da maioria não dá para acompanhar, porque literalmente não fazem nada. Uns se destacam pela grosseria. creio que nem é preciso citar. Prefiro as crianças pela sua afabilidade. Mas detesto profundamente adultos infantilizados.
Alguns deputados se destacam pela defesa intransigente do réu, que presidiu a farsa. Sempre tive dificuldades em entender a eleição de Galdinos. Mas creio ser este o perfil dominante. Talvez tenham um pouco mais "capacidade" para articular.
A maioria não me decepcionou. Deles não esperava nada mesmo. Mas confesso que dois deputados me despertaram um certo inconformismo, por ter percebido uma certa incoerência com os seus posicionamentos anteriores. Melhor dizendo, uma deputada e um deputado. A Christiane Yared e o João Arruda. Respeito a dor de uma mãe que perdeu o filho numa tragédia. A tragédia teve um causador, uma origem. Gente poderosa. Temo que a deputada se alinhou junto a esta gente poderosa.
Quanto ao João Arruda, esperava que a convivência com o tio lhe tivesse proporcionado alguma lição, especialmente, nas concepções de Estado/Nação, defesa das riquezas nacionais e uma opção preferencial por aqueles que efetivamente necessitam das ações positivas do estado/pátria. E também por ter estado conosco nos embates com o governador do PSDB.
Christiane Yared e João Arruda registraram em sua biografia, ao menos um dia em que se nivelaram, em que se igualaram com um voto em uníssono com um Francischini, com um Eduardo Cunha e com um Jair Bolsonaro e tantos outros. Espero que não se orgulhem disso.
Quanto ao Aliel Machado, tão importante, ou mais importante ainda do que o seu voto, foi o seu posicionamento e a sua denúncia.
Vivemos tempos em que a traição e a delação foram consagrados como valores supremos. Temo que estejamos cultivando, com todo o cuidado, o ovo da serpente, se é que ela já não está entranhada na mente, no ventre e no fígado dessa gente.
Que fique registrado para a posteridade. Votaram a favor da tentativa do golpe parlamentar:
Alex Canziani (PTB)
Alfredo Kaefer (PSL)
Christiane Yared (PR)
Diego Garcia (PHS)
Dilceu Sperafico (PP)
Evandro Roman (PSD)
Fernando Francischini (SD)
Giacobo (PR)
Hermes Parcianello (PMDB)
João Arruda (PMDB)
Leandre (PV)
Leopoldo Meyer (PSB)
Luciano Ducci (PSB)
Luiz Carlos Hauly (PSDB)
Luiz Nishimori (PR)
Marcelo Belinati (PP)
Nelson Meurer (PP)
Nelson Padovani (PSDB)
Osmar Serraglio (PMDB)
Paulo Martins (PSDB)
Ricardo Barros (PP)
Rubens Bueno (PPS)
Sandro Alex (PSD)
Sergio Souza (PMDB)
Takayama (PSC)
Toninho Wandscheer (PROS). Este fora eleito pelo PT.
Votaram contra a tentativa do golpe parlamentar:
Aliel Machado (Rede)
Assis do Couto (PDT)
Enio Verri (PT)
Zeca Dirceu (PT).
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