Estou terminando de ler O Velho Graça - uma biografia de Graciliano Ramos, de Dênis Moraes. Um monumento de biografia. Como se aprende lendo biografias. A contextualização da época é simplesmente fabulosa, tanto em sua conjuntura nacional, quanto internacional. Adoro as curiosidades, como esta, em que Graciliano apresenta os dez maiores romances brasileiros.
Neste livro do Dênis Moraes se encontram as indicações de Graciliano.
Deve ter doído profundamente a ele fazê-lo. Se o fez, certamente o fez por necessidade econômica. A sua vida, a sua literatura e os seus escritos sempre foram motivados pelas dificuldades econômicas, embora também fosse escritor por ofício. Era totalmente avesso a qualquer exposição pública. O forte em sua vida era efetivamente a sua vida interior, espaço onde construía os seus personagens. A lista dos dez melhores romances foi feita em atendimento a um pedido da Revista Acadêmica, isto no ano de 1938. Eis a lista:
Inocência, do Visconde de Taunay;
Casa de Pensão, de Aluísio de Azevedo;
Dom Casmurro, de Machado de Assis;
Jubiabá, de Jorge Amado;
Os Corumbas, de Armando Fontes;
Doidinho, de José Lins do Rego;
As Três Marias, de Rachel de Queiroz;
Amanhecer, de Lúcia Miguel Pereira;
O Amanuense Belmiro, de Cyro dos Anjos e
Os Caminhos da Vida, de Octávio de Faria.
Sem comentários. Apenas gostaria de destacar a data destas indicações. Foi no ano de 1938.
eu li dois
ResponderExcluirUma indicação do Graciliano sempre é uma indicação de Graciliano. Jubiabá e Dom Casmurro são os mais conhecidos.
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