segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Diário de uma viagem. Madrid.

Era para ser apenas uma escala. Então por que não aproveitar e ficar um pouco. Foi uma grande idéia. Basicamente fizemos três coisas na Espanha. Uma incursão por Madrid, um tour para Toledo e uma visita para EL Escorial. Tudo fabuloso. Hoje vamos falar de Madrid.
Chegamos no aeroporto de Barajas por volta das 15:00 horas. Quem não se perde nesse aeroporto não corre o risco de se perder depois pela cidade. É preciso muita atenção. Mais uma vez o serviço de transfer da Europamundo foi perfeito. Fomos ao hotel, localizado a menos de dez euros de táxi das maiores atrações turísticas da cidade e com ponto de õnibus que tem o seu destino final na Plaza Mayor. Melhor impossível.
Para essa tarde sobraria apenas um reconhecimento do terreno nos arredores do hotel. Já deu para perceber um pouco algumas diferenças culturais. Não fomos longe. Perto havia uma bela praça, um rio canalizado, um complexo de túneis e nas proximidades, um campo de futebol. Depois passamos por aí várias vezes. O rio era o Manzanares, o Estádio, o Vicente Calderón, do Atlético de Madrid e o local é um dos pontos mais  importantes do trânsito, onde começam as ruas subterrâneas.
Não tinha preparado tão bem essa estadia em Madrid, como o havia feito com Roma e Atenas. Mas sabia que o grande local de Madrid era a Plaza Mayor. Foi para lá que seguimos de manhã, já bem cedo. A programação do dia constava apenas de um city tour no final da tarde.
A Plaza mayor, o grande centro de referência em Madrid.

A Plaza Mayor foi idealizada por Felipe III e a sua construção foi iniciada em 1617 e terminada em apenas dois anos. Ali foi feito de tudo. Desde a canonização de Santo Izidro, a grandes touradas e julgamentos e execuções feitos pela santa inquisição.  A praça hoje é tomada por exposições, feirinhas, por restaurantes e mesmo por habitações comuns.
Da Praça Mayor andamos meio a esmo, e isso não é problema. Isso é comum em quase todas as capitais européias, elas terem os seus centros históricos realtivamente pequenos e aí você não precisa andar muito, que as coisas aparecem. Sem esforço nenhum, estávamos em frente ao Palácio Real e a Catedral de la Almudena.
O Palácio Real de Madrid, um palácio dos Bourbons.

 Este Palácio foi construído a partir de 1734, por Felipe V. Foi a residência da realeza espanhola até 1931. O seu período de maior esplender ocorreu com os reis Carlos III e Carlos IV, os responsáveis pelas obras e pinturas mais famosas. Carlos IV simplesmente é retratado por Goya. Hoje ele é usado apenas para a realização de cerimônias oficiais e encontros diplomáticos. O visitamos mesmo sem guia turístico. Este foi, seguramente, um dos locais mais luxuosos que visitei ao longo de toda a minha vida. Como tínhamos que aguradar para a sua abertura, visitamos antes os seus jardins. Outra beleza incomparável.

Os jardins do Palácio Real em Madrid.

Junto ao Palácio está outro monumento notável, a catedral de la Almudena, que foi construída como um complemento do Palácio. Voltamos para a Plaza Mayor, onde almoçamos. Dessa vez teria que ser a famosa paella, senão não seria Madrid.
No city tour deu para ter bem uma noção da concepção urbanística de Madrid. Muitas ruas são subterrâneas o que permite a construção de bosques em cima. A arborização e os parques permitem que se aguente os mais de 40 graus de calor de seu verão. Passamos pelas principais atrações da cidade, como os museus do Prado e da Reina Sofia, pela Gran Via, pela Plaza de Toros de las Ventas, além dos locais que já tínhamos visitado pela manhã. Também passamos pela estação de metrô Atocha, tristemente famosa pelo atentado terrorista.
Palza de Toros. A paixão espanhola pelas touradas se realiza nesse lugar.

O tour nos largou na Plaza Mayor e fizemos mais uma incursão pela cidade, dessa vez para o outro lado,onde facilmente chegamos a Puerta del Sol, a praça mais antiga da cidade, onde ficava a porta leste. Esta praça também testemunhou importantes eventos históricos desse país.
O urso tenta alcançar os frutos de um medronheiro. Estátua em bronze na Puerta del Sol.

 Nesta praça encontra-se um dos maiores símbolos da cidade e que consta em seu escudo. O famoso urso que tenta comer os frutos de um medronheiro. O medronheiro é um arbusto da região mediterrânea e é muito usado ornamentalmente, por sua flor branca e do seu fruto, são extraídos famosos licores. A Puerta del Sol é também um dos maiores pontos de confluência da cidade. A estatueta do urso é também um dos souvenirs mais encontrados na cidade. Mas o campeão absoluto entre os souvenirs é o Dom Quixote e o fiel escudeiro Sancho Pança. Também não é por menos. Na volta já li uma biografia muito louca de Cervantes, de autoria de Fernando Arrabal. Outro dia eu comento.
O interior da catedral de la Almudena.

Também já tomei uma decisão. No ano que vem, de volta para a Espanha! Goya, Velásquez, Picasso merecem uma consideração maior. Também 700 anos de presença árabe precisam ser melhor vistos. Também é preciso conhecer melhor a sua história recente, especialmente a guerra civil e as atrocidades cometidas pelo ditador Franco que, ao que me parece, quis ser um novo Felipe II. Amanhã eu termino, com a visita a Toledo e ao El Escorial, já que falamos de Felipe II.

2 comentários:

  1. Ola. Tenho um vôo com destino Paris mas com escala em Madri. Eu queria ficar uns dias em Madri e depois ir de trem ou Ryanair p Paris. Como meu destino na passagem é Paris consigo passar na imigração? Acho q foi o q vc fez... Senao terei q comprar um vôo p Madri quando chegar... O q acha? Terei problemas? Obrigada!

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  2. Oi,
    Nesta viagem nós fizemos escala em Madrid e o destino final era Roma. O carimbo do passaporte foi feito em Madrid. Aí você está dentro da União Europeia e não precisa mais apresentar o passaporte, ele é válido para toda a União Europeia. Não é necessário apresentá-lo a cada entrada e saída do país. Se quiser uma informação mais precisa, é bom consultar uma agência de viagem. Dou o telefone da minha agência, que é a CVC da Ermelino de Leão. 41 3223 1733 ou 41 8403 4735. Falar com a Maria Trevisan.

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