A primeira foto que tirei em Roma. É do Palatino, de uma das sete colinas de Roma, onde entre outras coisas fica o Foro Romano.
O que dizer de Roma. Tudo é extraordinário. Do avião você ainda avista o mar e já vão dando os avisos sobre a chegada ao aeroporto Fiumicino, que ostenta o pomposo nome de Leonardo da Vinci. Como você está na União Européia, não precisa apresentar passaporte, pode procurar direto o receptivo. Ele funcionou impecavelmente. O motorista do carro vai dando as primeiras indicações: muito cuidado com os carteiristas (pequenos furtos em que se aproveitam de pequenas distrações); não se preocupem com roubos com violência física, eles não acontecem; sobre o transporte coletivo e sobretudo uma dica muito importante: para ir ao coliseu, não comprem lá o ticket, uma vez que as filas são enormes, comprem no Palatino, onde a fila é bem menor e o ingresso (doze euros) vale para os dois lugares. Muito cuidado, pois o lugar é enorme, tem que andar muito e vale muito a pena.
Com estas primeiras informações chegamos ao hotel e nos instalamos (Hotel Black). Embora todos os hotéis dos pacotes da EuropaMundo sejam quatro estrelas, este não fez jus a elas. Situa-se um tanto longe do centro histórico e numa região bem erma.
Usar o transporte coletivo em Roma não é uma tarefa fácil para quem chega. Para chegar ao centro histórico, do ponto em nos encontrávamos precisaria fazer a integração entre ônibus e metrô e precisa ter o ticket de passagem em mãos. Ele rarissimaente é vendido no próprio ônibus e, quando isso acontece, isso ocorre pelo sistema de moedas e com funcionamento automático. Também as passagens para uma única utilização são bem caras. Resultado: usamos táxi.
Aí você tem realmente o primeiro contato com gente, com o povo. E isso não é muito animador. Eles não gostam muito de conversar. Aproveitando a dica do motorista do Transfer, fomos ao Palatino, a um preço de 24 euros. Na volta, com o embarque mais ou menos do mesmo lugar, pagamos apenas 14 euros. É evidente que há algo de errado. Acontece que o táxi começa a cobrar a partir do momento em que ele é chamado para o hotel, diferente daqui, em que isso ocorre apenas a partir do embarque. E sobre isso você não tem controle.
Outra coisa muito importante. O verão de Roma é escaldante. Na ansiedade de não perder um minuto sequer, saímos apressadamente do hotel, sem boné e nem protetor solar. O sol continua a queimar até as 19:00 horas.
Por inexperiência não fizemos uma visita, digamos bem feita no Palatino mas, em compensação reviramos o Coliseu de tudo que é lado.
Arco de Constantino - junto ao Coliseu. Sugiro buscas sobre o significado de Constantino, já na decadência do império e sobre o Concílio de Nicéia. Início de ortodoxias... intolerâncias... e fundamentalismos.
Vista da parte interna do Coliseu. Quanta memória e significados.
Vista da parte externa do Coliseu. Na minha formação, a memória me leva especialmente aos mártires do cristianismo.
Muito cansados voltamos ao hotel. Praticamente não dormimos na noite anterior e neste primeiro dia andamos muito. Tomamos uma cerveja (long neck) a cinco euros. Olhamos o cardápio do restaurante do hotel e vimos que uma refeição sairia por algo em torno de quarenta euros por pessoa. Isso nos fez estudar melhor a localização geográfica do hotel. Após andar um pouco descobrimos um supermercado e nele compramos a nossa janta. Pão, queijo, salame e vinho. Tudo muito barato e uma nova descoberta. Se você quer uma sacola, destas comuns de plástico, como as de nossos mercados, você tem que comprá-la a um custo de dez centavos de euro, cada uma. É verdade que são um pouco mais resistentes do que as nossas. Creio que não deveria escrever isso. Eles podem querer cobrar aqui também e aí eu me sentiria culpado. A garrafa de vinho custou menos do que a cerveja long neck tomada no hotel. Belo lanche, inclusive com improvisações, especialmente para abrir o vinho. No dia seguinte, conversando com as outras pessoas, vimos que esse nosso recurso foi de uso generalizado.
Já neste primeiro dia fizemos também as primeiras compras de souvenirs, pequenas miniaturas de coisas típicas de Roma: a Loba, a Pietá, a Fontana di Trevi, a Biga, o Coliseu..., com a absoluta garantia de que não eram produtos chineses. Difícil de acreditar! Os souvenirs existem em todos os lugares e os mesmos produtos, com os mais diferentes preços. Há que negociar.
Depois de uma noite bem dormida, um dia de intensas atividades, já na programação da EuropaMundo. As 8:00 hs iniciamos um tour panorâmico, em um ônibus, com aproximadamente 50 pessoas. Tudo foi muito rápido e com muita ênfase de que aquilo era apenas um tour panorâmico. Portanto, nada de paradas, nem para fotografia. Se quiséssemos mais, nos ofereciam mini pacotes não incluídos no pacote oficial. A guia deste tour era excelente. Belas explicações e bons conhecimentos de história. As vias de Roma - todos os caminhos levam a Roma -, os aquedutos, a junção dos aquedutos, termas de Caracala, uma moradia do papa fora do Vaticano, um monumento de São Francisco neste local, numa visita de pedidos para o papa e a subida a um morro, fora dos muros da cidade antiga, para uma bela vista panorâmica. Neste morro há uma praça em homenagem a Garibaldi. A veneração a Garibaldi por monumentos e ruas está onipresente e, embora ele seja visto, tanto como um herói (da unificação italiana), quanto um bandido (mercenário), na Itália, este herói dos dois mundos, é muito mais cultuado do que por aqui. Tudo isso está fora das muralhas da cidade antiga.
Já dentro das muralhas, fizemos uma parada de 15 minutos no Coliseu. Isso é simplesmente um absurdo. Sorte que já tínhamos feito a nossa visita no dia anterior. Passamos ainda pelo Palatino, pelo Foro Romano, pelo Altar da Pátria, um monumento moderno lindíssimo em homenagem a unificação italiana.
O Altar da Pátria. Apesar de ser um monumento moderno em homenagem a unificação italiana, ele é muito bonito e está muito bem localizado. Ele serve de ponto de referência pois está muito próximos a todos os monumentos históricos da Roma Antiga.
Subimos inda pela margem esquerda do rio Tibre,portanto, pela parte interna da cidade antiga, passando pelos antigos mercados junto ao rio, marcamos o ponto de encontro para o jantar da noite no bairro de Trastevere, o bairro boêmio de Roma e terminamos o tour na Basílica de São Pedro,as 10:30 hs. Mas isso eu conto numa segunda parte. As sete colinas de Roma, aquelas que a gente tinha que decorar nos tempos do ginásio, são decepcionantes, isto é, são pequenos morros, muito baixinhos mesmo. O rio Tibre, recebe no italiano o nome de Tiber e no espanhol ou em dialetos italianos, que são muito comuns, o nome de Tever. Por isso, o bairro boêmio a sua margem direita recebe o nome de Trastevere. Para além do Tibre.