segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Diário de uma Viagem. Giro Ibérico. Uma Introdução.

Ao voltar da viagem do ano passado, em que conheci o mundo clássico, a Grécia e a Itália, fiz o firme propósito de no ano seguinte conhecer as raízes brasileiras, conhecendo Portugal e Espanha.Como na viagem anterior tinha ido pela EuropaMundo e como esta empresa forneceu um serviço beirando a perfeição, decidi repetir a dose. Procurei meu agente de viagens e, na mostra das diferentes possibilidades, fiz a opção pelo que os catálogos chamavam de "um giro ibérico".
Mosteiro dos Jerônimos, uma imagem símbolo de Lisboa e de Portugal.

Este giro contemplava as principais cidades portuguesas e espanholas, não contemplando apenas uma das cidades portuguesas que no meu imaginário eu gostaria de visitar: a cidade de Coimbra. Mas nem todos os roteiros são perfeitos. É que Coimbra tem aquela história da sua Universidade... Mas tudo bem. O giro tem uma duração de 18 dias, sendo 6 deles em Portugal e o restante na Espanha. Como eu também tinha uma obsessão por Paris, e quem é que não tem, solicitei mais um pacotinho de cinco dias na cidade luz.

Em Portugal as cidades em que pousaríamos seriam Lisboa (duas noites), Albufeira, Évora, Fátima e o Porto. Estas cidades seriam intercaladas com inúmeras paradas em cidades menores, mas cheias de história. Na Espanha pousaríamos na lendária Santiago de Compostela, Oviedo, Santander, Zaragoza, Barcelona (duas noites), Madri (duas noites), Granada e Sevilha. De Sevilha voltaríamos a Lisboa onde se encerraria o giro. De Lisboa se alcança Paris por um voo de duas horas.
Sagrada Família. Barcelona. Gaudi. Um símbolo da cidade, do país e da Europa.

 Ficamos dois dias em Paris com pacote da EuropaMundo, incluindo uma visita a Versalhes,  e ao final da tarde, uma visita a Montmartre, onde numa das mais altas colinas de Paris está a Igreja Basílica do Sacre Coeur, a igreja de Saint Denis, o padroeiro da França. Neste bairro, o bairro boêmio, por excelência, está também o Moulin Rouge, o lugar mais perigoso de Paris, o mais perigoso porque se corre o risco de dormir durante o seu famoso show de variedades, liberado para todas as idades. No dia seguinte, por dois pacotes adicionais, fizemos o passeio no Bateaux Mouche, curtindo uma visão deslumbrante num passeio de hora e meia. Depois andamos pelo Quartier Latin, um bairro medieval dentro de Paris e onde está localizada a famosa Sorbonne e a Igreja de São Severino. Terminamos visitando Notre Dame, catedral que merece um destaque todo especial. Pela tarde, com guia, visitamos o museu do Louvre, simplesmente o maior museu do mundo.

Eiffel. Um símbolo de paris e da França.

Mais dois dias em Paris, por conta. Fizemos uma loucura. Como o passeio de barco nos deu as guinadas fundamentais da cidade, andamos a pé às margens do Sena, no sentido do curso de suas águas. Iniciamos a caminhada na catedral de Notre Dame e fomos até a torre Eiffel. Da torre fomos até o Arco do Triunfo, voltando ao Louvre pela avenida Champs-Elysées. Iniciamos este tour por volta da 8:30 e terminamos as 15:00 horas totalmente extenuados. No dia seguinte ainda fizemos o Pantheon, a antiga igreja de santa Genoveva, onde estão enterrados os famosos das letras e ciências da França e o jardim de Luxembourg, onde se encontra o Senado da França. Uma chuva torrencial interrompeu o nosso passeio.

A volta se deu por dois voos: o primeiro de Paris a Lisboa e o segundo de Lisboa a Porto Alegre, um voo de 11 intermináveis horas. Ainda teria o terceiro voo do dia, de Porto Alegre a Curitiba. Vida de turista não é fácil.

Muita coisa na bagagem. Creio que o fundamental a observar da Península Ibérica é a presença árabe em seu território, que sob todos os aspectos lhe deu a grandeza de sua história, desde o enriquecimento cultural proporcionado até as cruentas lutas pela sua expulsão. Esta expulsão se deu de cima para baixo, ou melhor de norte a sul. Assim a cidade portuguesa da reação é Guimarães e a equivalente espanhola é Covadonga. Depois da expulsão é que vem a épica grandeza através das navegações. Mas isso estaremos contando, na sequência, numa longa tarefa diária. Terei grande satisfação em compartilhar esta extraordinária experiência cultural com todos vocês.

Só mais duas coisas: Desta vez a viagem foi tranquila. No ano passado quase perdemos as conexões por causa da greve da Polícia Federal. Isto criou uma situação de muita angústia. A segunda questão está ligada a crise política, além da econômica, pela qual passam Portugal e Espanha. A Espanha vive a sua crise de "mensalão", de financiamentos irregulares de campanha e pedem a destituição do primeiro ministro. Financiamentos de campanha são o câncer da democracia, anunciava em manchete, um diário espanhol. Em Portugal pede-se a antecipação geral das eleições. Vivem um governo de privatizações e de austeridade. Na sequência eu conto mais.


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